terça-feira, dezembro 14, 2010

à la buarque

Que essa roda gigante acelere
Que não pare de girar, nunca
O círculo, sem início, meio ou fim
Tenha fim
O fim que rompe, que interrompe
O que era concreto,
O que era contínuo,
Que não o seja, não mais

saravá

Sexta atrasada

Semana dificil. Filosofadas em plena madrugada na marginal pinheiros.
Mau sinal. Péssimo.
Em fim de ano, começo de outro, hora de pensar no que se fez. Pensar no que deveria ter feito é tortura, mas é inevitável.
Uma escolha e o caminho seria totalmente diferente. Mais ou menos adverso, não há como saber.
Nas horas em que a dúvida domina a rotina, a identidade se perde e tudo que somos pode vir a não ser.

Dizer que tudo tem um propósito pode parecer sereno. Mas nada mais é do que conformar-se com algo que você não queria que tivesse acontecido.
Abdicar do direito - e do dever, quem há de saber? - de tentar algo diferente, algo positivo. Não se pode abdicar nunca do direito de tentar. De escolher. E de errar.

Saravá

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Solavanco

Ah, o despertar
O pulo inútil em plena madrugada
Para um dia, noite, que seja.
Que já não interessa se há motivo
Se é que algum dia houve
E se houve, houve.

Um círculo, um sem começo ou com fim,
Sem fim, sem horizonte
Horizonte vertical, talvez.

Um talvez, ou apenas não sei,
Um eu pude, pois não posso mais.

Saravá.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Speechless once more

É. O que é meu, é de bom grado. E que assim seja, e que do jeito que for, venha.

Saravá.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Bem que se quis

Sei lá por onde começar esse post. Tem horas na vida que pensamos estar numa rota bem definida e em velocidade constante. Tudo é tão certo como dois e dois são quatro e a sensação de segurança é tamanha que você se sente no controle de tudo, no controle da tua vida e tudo que a cerca. Tenha certeza, meu amigo: você está errado.
Você pode achar que nada vai afetar esta tua segurança e que mesmo teu passado está sob seu domínio fantástico. Tenha certeza que você está errado mais uma vez.
Você se irrita quando alguém que te quer tanto bem faz questão de mostrar isso à você. Afinal, do topo do mundo, de cima do Everest, de qual cuidado você pode precisar, não é? Qual cafuné ou telefonema farão a diferença, certo? Errado, mais uma vez. Fará diferença. Porque conquistar o Everest é uma façanha para poucos. Para um. Mas ao chegar ao cume, quem vai bater a foto? E quando descer, quem o estará esperando?
Já fiz muita bobagem na vida. E ao começar a ver papais noéis pela cidade, a melancolia do fim do ano começa a bater... e na real, não vejo a hora desse ano acabar. Nunca fiz tanta bobagem quanto consegui fazer em 2010. A curva que fica entre o vale e começo da montanha gelada. O ponto que por pura teimosia, você acha que pode dominar a fúria do gigante de gelo. Não pode e não vai. Você não pode controlar o passado, ou o presente e muito menos o futuro. Não se engane, não cometa o mesmo erro que cometi.

Por fim desta porcaria de post, imagine que por mais prazer que você terá ao enfiar o pé no balde ou chutar o pau da barraca, pense no trabalho que vai dar depois pra arrumar a bagunça...

Saravá.

Titleless

Isso não é hora de postar, eu já devia estar no quinquagésimo sono. Mas como a tarde foi proveitosa no quesito "colchão", o esquema é aproveitar a noite que está só começando.
Tirei férias do mundo nos últimos três dias. Mesmo estando, não estava em lugar nenhum. Abstinência da rotina, é, acho que dá pra chamar assim.
Passear pela sua cidade pode ser uma experiência psicodélica: como posso morar aqui desde que nasci e não conhecer cada canto do lugar? Reparar em lojas que nunca vi na vida, em feiras livres de ricos e pobres... uau! Não é preciso ir até NY para sentar debaixo de uma árvore e ficar olhando as belas mulheres (todas têm sua beleza meu amigo... todas!) que ora estão malhando, rindo ou simplesmente contemplando o entardecer num dos parques paulistanos.
Não é preciso estar na Disney para soltar um sorriso ao passar por uma família (um tio com a camisa da seleção canarinho e seus trocentos sobrinhos, cada qual com a camisa do seu time de coração), que foi ao parque chutar bola (e de longe, ouvi que a partida estava 2x0).
Sonhamos com um mundo que poderia ser nosso, esquecendo-nos que já temos um. Viva teu mundo! Se você puder compartilhar com os outros, bom. Se não, que se lasque, sorria do mesmo jeito e siga em frente...

Saravá!

quarta-feira, outubro 13, 2010

Perspectiva

Somos nós só indivíduos,
Ou todo mundo é que é muita gente?

Somos nós muito pequenos,
ou o céu que é muito largo?

Somos nós feitos de pó,
Ou o pó é o que seremos?

Quem há de saber?
Há quem vai descobrir.

Saravá,


quarta-feira, setembro 15, 2010

Rodando o Mundo - I

Porque é rodando o mundo que o horizonte fica largo...

Meus Vinte Anos (samba, 1942) - Wilson Batista e Sílvio Caldas
Sílvio Caldas

Nos olhos das mulheres / No espelho do meu quarto
É que eu vejo a minha idade / O retrato na sala
Faz lembrar com saudade / A minha mocidade

A vida para mim tem sido tão ruim / Só desenganos
Ai, eu daria tudo / Para poder voltar
Aos meus vinte anos.

Deixaste minha vida / A sombra colorida
De uma saudade imensa / Deixando-me ficaste
Mostrando-me o contraste / Matando a minha crença

E hoje desiludido / Muito tenho sofrido
Cheio de desenganos / Ai, eu daria tudo
Para poder voltar / Aos meus vinte anos
.


Do excelente Cifra Antiga

segunda-feira, setembro 13, 2010

Laçado

Que a vida é um laço
Cheio de entrelaços, embaraços
Feito novelo de gato,
Em formato redondo, já que segue sem rumo

Cheia de nós a serem desfeitos
e feitos
Nós laçados, meio assim, entrelaçados
À base de braços, laços, abraços

Saravá!

segunda-feira, setembro 06, 2010

Destilando ódio

Vamos falar de polítik??? Sim! Vamos! 2010, ano do anti-cristo solto na rua! Tá loco.
Ano de eleição, hora de escolher o que seremos pelos próximos 4 anos. O que seremos? Rá! Seremos a mesma coisa que somos agora: alguns milhões de seres humanos que carregam no peito o orgulho verde e amarelo, que sabe que não depende de ninguém para conquistar o pão de cada dia.
Não importa qual (tirem as crianças da sala!) filho-da-putaex-militante-anti-milicos vai levar a eleição, ah, para eles o que importa é estar no poder. Não importa extorquir uma classe média seca de recursos e iludir uma classe mais necessitada com pão e circo, desde que o poder esteja nas mãos de 13s ou 45s. Que morra toda essa corja que domina o país, dos que têm o poder da caneta aos que têm o poder do dinheiro sujo, maltrapilho e mal gasto.
Morram, calhordas! Não me venham com jingles imbecis, com impostos indecentes e discursos montados. Que Serras, Dilmas e todos que lhes dão apoio morram de fimose ou coisa que o valha - e que sejam enterrados nas valas e que seus mausoléus sejam preenchidos por aqueles que batalharam a vida inteira e que merecem cortejos fúnebres, porém dignos de suas vidas.
O que se quer nesse país não é um país melhor, mas uma cópia mais pobre e mal feita do que não somos. Não somos a nação do cartão de crédito, do boleto, mas é isso que querem nos tornar. No dia de votar, não há muito o que se fazer, a não ser pensar em quem pode atrapalhar menos a sua vida, seu proletário otário. Somos otários que pagam pedágios que sustentam vagabundos em seus prostíbulos de negócios e negociatas, de vagabundos endinheirados que matam mendigos e queimam indígenas e nada acontece à esses. Somos otários que pagam imposto de renda, suada e febril, para sustentar reformas a custos exorbitantes, para sustentar famílias centenárias que comandam os Maranhões de nosso país.
Que há de chegar o dia em que poderemos adentrar o palácio do planalto e nos orgulhar do brasileiro que está lá, que sabe como fez para estar na cadeira mais importante do país.

Saravá.

Crime e castigo

Hei de cometer um crime contra a poesia, ao passado e à História: vou usar uma estrofe de Vinicius de Moraes. Que o Mestre possa me perdoar pela ousadia...

De repente, não mais que de repente
O que devia ser não era mais
De repente, não mais que de repente
O verso alegre tornou-se triste,
O sussurro próximo ficou distante.
De repente, não mais que de repente
O atalho, tão curto,
Tornou-se estrada longa, solitária
A luz escureceu
E tudo que era, já não é mais.
De repente, não mais que de repente...


Que a vida muda e nem sempre há razão - se é que há razão na vida. Nem sempre precisamos entender dado que a aceitação é também liberdade. É se afastar e aproximar, ah, essa vida, esse mar furioso que tanto traz, mas tanto leva.
Que há de ser de quem busca velejar essa violência de paixões, ondas, momentos, fotos, alegrias, tristezas? Há coragem e fibra suficiente? Há instinto que nos faça atravessar esse pedação de água, vento e desconhecido?
O que, quem e como levar adiante?

Saravá

domingo, agosto 29, 2010

Two in a row

Porque é na calada do amanhecer que as coisas vêm à tona.

"Que a poesia não tem hora pra aparecer,
Que ela pode acompanhar a solidão,
Confortar a tristeza ou partilhar alegria.

Alegria que pode ser cinza,
tristeza em tons pastéis ou solidão ao vivo em cores.

Que qualquer que seja a cor ou o motivo, não importa,
desde que a vida seja sempre cheia de poesia"

"Que seja fugaz a tristeza
Como é fugaz o arder da paixão
Que seja intensa a paixão
Como é profunda a dor da solidão"

domingo, agosto 15, 2010

Como pode

Como que pode sentir saudade do que não foi?
Como que pode olhar no espelho e ver juventude,
mas já sentir falta dos jovens dias de nossas vidas?
Que tempos são os nossos, melancólicos, onde o agora
Não é agora, não é amanhã: é ontem.

domingo, agosto 08, 2010

Não isso, não aquilo

Vem não sei daonde e vai pra qualquer lugar.
Pouco importa, nada mais está aqui.
Não há mais porto, não há seguro que segure,
Já que nada há para ficar.

Deixa vir, deixa cair,
Porque do jeito que veio, vai.
Não tem laço, não tem embaraço,
Não embaça que te deixo.

Pode o que tem, o que não tem, não importa.
Não tem, assim, mesmo tendo.
Não entenda, não se apoquente,
Afinal, tudo que é água, é espelho.

segunda-feira, julho 19, 2010

Avaí 4x2 Palestra

Pobre Felipão, começou mal... bom, o último técnico "de ponta" (só o BLooser pra achar que Muricy Cagalho é técnico pra SE Palmeiras) começou com uma vitória e todos sabemos como terminou... tomara que o Mestre tenho um final (bem) feliz.

No primeiro tempo, um time que jogou direitinho, tirando os espaços do adversário e após uma cobrança venenosa do ex-Grêmio Prudente Marcos Assunção, Gabriel desencantou e abriu o placar da Ressacada.
Com uma defesa esfarelada, composta por Léo e Edinho, o Avaí logo conseguiu o empate, após falha de marcação do sistema defensivo e falha do razoável Deola.
O time não se desesperou e quase desempatou numa jogada de Vitor, que passou pra Lincoln e Kleber, que não é Evair, perdeu (vá lá, o zagueirão do Avaí desviou a pelota). Antes do juizão topetudo apitar o fim da primeira etapa, o Avaí virou e Pará, o lateral que estava de folga, conseguiu ser expulso e foi pra casa curtir o domingo.

O time veio pro segundo tempo com Tadeu (who?) no lugar do saci marcio araújo, a proposta do Felipão era matar o jogo. Penalti anotado a favor da equipe paulista e Kleber superou o trauma palestrino: Avaí 2x2 Palmeiras. Começamos bem! O Palestra seguiu cozinhando o time de Santa Catarina esperando o momento do bote, até que numa cagada de Léo o topetudo marcou penalti a favor do Avai. Deola pegou, mas deu rebote (enquanto todo mundo discutia o tempo ao invés de entrar na área) e o próprio batedor com cara de ajudante de pedreiro tocou pro fundo gol. Era a nova virada do Avaí, que ainda teve tempo de ampliar o placar para 4x2 no desespero do time de verde - saída de bola equivocada, contra-ataque rápido e péssima saída de Deola... enfim, uma tarde desastrosa para a equipe de verde (afinal, o arqui-rival conseguiu vencer mais uma).

O Palmeiras trouxe dois reforços excelentes: Felipão e Kleber. Falta ainda recompor a defesa, trazer jogadores ofensivos (ainda aposto no Lincoln, mas só ele não dará conta) e Tingalacatinga tem que mostrar serviço, mesmo tendo apenas 19 anos.
Não adianta trazer o Valdivia pra rachar o elenco por causa de salários. Enquanto deixamos o Diego Souza ir embora, vamos trazer mais um jogador que custará um bom dinheiro e é um bom reforço, sem dúvida, mas muito, muito caro. Precisamos de ELENCO.

Saravá!

domingo, julho 18, 2010

No escuro

Há situações em que se pisa em ovos (pisa mesmo, não to falando do sentido figurado). Há situações em que o interruptor brilha no escuro. E há situações que o breu é total. Talvez, mas só talvez, seja uma cegueira temporária, como tentar enxergar claramente após aquele flash da máquina fotográfica. Mas talvez, e nem tão talvez assim, a cegueira faz você utilizar os outros sentidos para se orientar onde você não conhece.

Cadê minha lanterna?

Saravá

segunda-feira, julho 12, 2010

Tic Tac

Arroubo de inspiração que vem de não sei onde, no momento menos propício.
A poesia (ha ha ha) sai do jeito que sai.

Ah!
Que o tempo não seja o tempo
De esperar pelo tempo
(Angústia da espera)
do peso de ter de esperar
pelo tempo de te esperar

Saravá! Que tudo muda...

segunda-feira, julho 05, 2010

Bring it on!

A tônica é essa, de encarar de peito aberto o que vier. Whatever comes, I can handle.
Porque a vida é assim, feita de escolhas e consequências. Do "sim" ou do "não", algo vai responder à altura e vai tentar te derrubar. Não deixe. Mostre quem manda no teu caminho, no teu espiríto.
Você é quem comanda teu destino.
Podes conquistar o que quiseres, só não poderá fazê-lo com tudo o que queres.
Escolha, sem olhar pra trás. Olhe sempre para o norte, guiando-se pelo nascer do sol.
Obrigado por me proporcionar escolhas e deixar que eu seja o capitão da minha alma.


Saravá!

domingo, junho 27, 2010

Para Forrest

Corre. Corre, senão o tempo pára, você cansa e as coisas não chegam.
Corre. Que se andar não dá tempo e você se atrasa.
Corre. Não pára. Leve só o que precisa, e só pra se garantir.
Leve quem importa, não deixe ninguém pra trás. Mas cuidado, senão quem fica pra trás é você.

sábado, junho 26, 2010

Me diz

Porque tem dias que não são dias,

Porque tem noites que não são noites.

São intervalos de tempo, intervalos entre

O que deve e o que não deve, entre o sim

entre o não.

Por que há de ser o que não pode, por que,

Oras, porquê sim.

quarta-feira, junho 16, 2010

'Bout Dylan

Sempre ouvi falar sobre Bob Dylan. Assisti ao excelente "I'm not there", li seu livro de crônicas e possuo algum conhecimento sobre sua biografia. É, sem dúvida, um gênio dos nossos tempos... suas poesias tomam forma de canções, e juntamente com a sonoridade meio "moda-de-viola-de-calçada-nova-iorquina" (vulgo "folk"), são canções que não podem ficar limitadas à rótulos. As músicas do mítico Dylan têm alcance maior justamente por não terem o limite do rótulo. Sua poesia, ora revoltada, ora espiritual tem a capacidade de fazer você ouvir, ler e pensar. Tudo depende do teu estado de espiríto - ah, a arte, a grande válvula de escape das almas trancafiadas no dia-a-dia.

"Forever young" é o tipo de música que vai bem no casamento, no batizado, no churrasco de confraternização... mas principalmente no "Adeus". É aquela benção final que recebemos quando o próximo desafio vem nos buscar, tal qual um chofer, na porta de nossa casa.
Sua poesia cantada nos faz ter vontade de olhar álbuns antigos, daqueles que faziam parte e que já se foram - levados pela vida, pela rotina, por Deus ou por eles mesmos... há trecho musicalmente conhecido mais melancólico que a última estrofe? A melancolia do fim e do recomeço.

Falei demais. Deixem que Dylan fale por mim... por vocês.

Saravá!

ET: não encontrei vídeo com a música completa, sorry...

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Forever Young

May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous,
May you grow up to be true,
May you always know the truth
And see the lights surrounding you.
May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May your hands always be busy,
May your feet always be swift,
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift.
May your heart always be joyful,
May your song always be sung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.


terça-feira, junho 15, 2010

Moral da história

... é que a caixa de Pandora tinha um motivo pra ficar fechada. E que quando o Brasil ganha, o chifrudo do seu vizinho acha que pode tocar "Every breath you take" na versão do Puffy Daddy até a hora que ele bem entender...

Cáspita!

Roubaram minha bússola, porra!

segunda-feira, junho 14, 2010

Tocos

Quem nunca jogou basquete, não sabe o que é um "tocoooooooo". "Toco" é quando você, jogador adversário, bloqueia o arremesso daquele pivô anão, que tá dentro do garrafão pronto pra desempatar o jogo. Como um bloqueio no vôlei ou defender um pênalti em uma... sei lá, oitava de final da copa do colégio.
E assim como a arte imita a vida, a vida imita o esporte. Já tomei tocos inacreditáveis. Mas quando se joga em time (ou em dupla, que seja) sempre tem alguém pra devolver a bola pra você tentar outra vez.
Já tomei toco de supostos "amigos", de professores, chefes, irmã, irmão, ex-namorada, ex-rolo-de-final-de-semana... e da vida. Ôpa, essa joga muito na defesa!
Mas tem horas que ela apela, que joga sujo. E aí, quando você tá estatelado no chão, olha pro lado e... cadê o juiz?
Não tem juiz playboy, te vira...

Saravá!

terça-feira, junho 08, 2010

O que ficou?

Porque foi há muitos anos atrás que ouvi de alguém mais sábio que eu: "Nunca se esqueça daonde você veio!".
Essas palavras jamais sairam da minha cabeça e constantemente ouço a mesma voz, lembro do exato momento em que ouvi esta frase. Aqueles eram tempo difíceis mas eram também tempos de mudança - e por mais que não pareça, enfrentar mudanças é mais fácil do que enfrentar o aconchegante dia-a-dia.
Os caminhos que a vida nos leva - e que escolhemos trilhar - nem sempre parecem levar para onde imaginamos. E é impressionante como descobrimos que caminhos que jamais foram seque uma opção tornam-se a via de fuga, a rota alternativa para sairmos do destino errado.
É impressionante como nos achamos tão responsáveis pelas nossas escolhas e de repente, passamos a ser vítimas delas e das circunstâncias que nos colocamos em virtude de péssimas tomadas de decisão.
É uma verdadeira ironia: mais erra quem mais tenta acertar. Mas é a ironia dos irresponsáveis: sim, assuma que para correr riscos, você precisa ser um tantinho irresponsável. Conhecer o limite desse tantinho é crucial - e só se descobre isso sabendo daonde você veio (pois pra onde você irá, só o tempo responderá).

Saravá!

domingo, junho 06, 2010

Fica dica: Ele não está tão a fim de você

Tá, pra começar: você já viu uma comédia romântica (hein?) que tenha quase a mesma duração de algum episódio de "Senhor dos Anéis"? Não? Pois é, esse mito acaba de virar realidade: elas existem.
"Ele não está tão a fim de você" é uma prepotente comédia romântica, que fica num chove-não-molha inacreditável. Em determinada altura do filme, perguntei: "Ok, alguém vai dar uns pegas nesse filme???". Sim, porque é um festival de gente complicada e cheia de doce que nem mesmo aquele casal mais óbvio que você conhece demorou tanto pra dar o primeiro beijo...

O filme trata de várias histórias entrelaçadas, sobre diferentes personagens (mulheres, claro) em diferentes estágios da vida. Num estrelado elenco (Drew Barrimore, a tetéia Scarlet Johansson, Jennifer Connoly, Ben Affleck e a eterna Rachel de Friends, Jennifer Aniston) quem se destaca são os dois menos famosos: um tal de Justin Long e uma que nem sei o nome. É difícil tentar sintetizar num post a história do filme, já que são várias. Mas tente você, distinto leitor, se lembrar de vários casos de amigos (as) desesperados por uma namorada(o) e aquele tipo de gente que só consegue ser feliz se tem algum rolo rolando (rááá!). Tem vários né? Tá, agora imagina que esse povo todo consegue se enrolar junto e todo mundo é traumatizado com relacionamentos. Tá se identificando? Pois é.

O filme tem 129 minutos de duração e poderia terminar uma meia hora antes, já que os namoricos e possíveis casamentos estão todos no ponto. Mais um filme à la "Sex And The City" em que as mulheres são tratadas de forma superficial: inseguras de si, carentes, co-dependentes, obssessivas com casamento e outros clichês babaquinhas por aí.

Se vale a pena? Bom, o final do filme até surpreende, mas está cheinho de furos e soluções do tipo "Er... o que faço com essa personagem que sobrou? Ah, qualquer coisa tá bom, afinal, o importante é o final feliz!" - e por "final feliz" entenda "casamento". Porque afinal, qual mulher consegue ser feliz consigo mesma, não é?

Por fim, se passar na tv aberta, num domingo à tarde, é melhor que Fauschatão...

Saravá!

domingo, maio 30, 2010

Boom... booom... boooom!

Sua cabeça já latejou? A minha tá latejando nesse momento.
Pra quem diz "Pense antes de agir" um recado: pensar dá dor de cabeça... ai!

Saravá

segunda-feira, maio 24, 2010

Fica a Dica: 500 dias com ela

Mas que cagada do tradutor! Impressionante como qualquer filme que tenha homem + mulher na história ganha um título "romântico" aqui nas terras tupiniquins.
OK, este ainda é um filme "romântico" - que atire a primeira pedra o cara que nunca foi passado pra trás pelo amor da sua vida. Até ali, claro.

5oo dias com ela - ou melhor, 500 dias de Summer (abrasileirando, 500 dias de verão) conta a história de um nerd que se apaixona pela apaixonante (rá!) assistente do chefe dele - que se chama... Summer!

A moça tem um ar blasé, gosta de cinema, bonitinha, tem atitude e é extremamente espontânea. O sonho de qualquer cara azarado! Além de mandar bem no karaokê!

A história é contada aos poucos, com um calendário em que hora mostra o começo, hora o começo do fim - e aí o espectador vai montando a história e... bom, você entende o que vai rolar logo no começo da película. E isso não atrapalha o bom ritmo da história! Os protagonistas tem química e não há como não se identificar com o cara que abdicou da carreira que escolheu - nem ele sabe porquê (bom, ele não se acha bom o suficiente no que escolheu, então vai trabalhar numa editora de cartões comemorativos).

É um filme que chama a atenção, claro, pelo baixo orçamento - e porque, a meu ver, é uma "comédia romântica" em que os namorados deverão arrastar as namoradas para assitir (afinal, toda mulher é no fundo uma megera destruidora de corações masculinos hahahaha). Todo cara tem uma "Summer" no seu passado, aquela mulher que te faz acordar pra vida e ver que a melhor coisa do mundo (epa, esse é outro filme!!) é ter uma companheira legal - mas que ela não é a solução pra sua vida.

Saravá!

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domingo, maio 23, 2010

Rompendo o silêncio...

... do post abaixo.
Calma querido leitor, calma! Aqui não será revelado nenhum segredo, nenhuma baixaria cabe neste blog. A pequenez alheia (e não a pequenez boa, mas aquela que incomoda tanto quanto uma unha encravada) não será tratada neste espaço.

Vamos ao que interessa - e o que interessa é o que consta, é o que se fala.
Bah, chatice a minha buscar significado onde não há - digo isso porque nem sempre o silêncio quer dizer algo - às vezes o que ele quer é só ficar quietinho mesmo, ué.

Porque tem noites de domingo que são só noites de domingo. Em toda a sua melancolia - sim, domingos são melancólicos desde que me conheço por gente - elas são tristes pois são a certeza da segunda-feira, o dia que nos lembra que não temos mais tempo para nada até a próxima sexta-feira.

E assim são as coisas, elas são só o que se vê - e quem enxerga diferentemente do que são, o faz por querer fazê-lo.

Tomo a praia como exemplo. Conjunto de areia, vento e água salgada. Quantos de vocês (ou de nós), não gosta de sentar numa praia no fim de tarde e ficar contemplando aqui tudo, pensando na vida? Agora, troque a praia pelo lindo visual do Elevado Costa e Silva. Qual a diferença?

As coisas são o que são. Não há filósofo que mude isso. Não há paradigma que mostre o contrário. Não há praia sem mar e não há beleza no Elevado Costa e Silva. Como nenhuma das paisagens muda o que lhe incomoda, o que lhe entristece. Não coloque as coisas acima do que são, pois o peso delas pode ficar insuportável.

Saravá

quinta-feira, maio 20, 2010

Post sem palavras

Eu não vou falar nada. Só dá o "play" aí e sai pulando com o seu cachorro no colo...


Saravá!

terça-feira, maio 04, 2010

Diário de um det... professor

Não sou racional MC mas também tenho meu diário! Rá! Putz, péssima essa... perdi uma oportunidade de economizar meu teclado. Enfim...
Uns dias atrás ("áááás" diria o CPM) o pessoal da empresa resolveu me convidar para contratarmos uma professora de inglês. Legal, mas assim... eu não guento mais "estudar" inglês! E resolvi ser um cara legal e me ofereci para dar aulas de inglês pro povo. Mor barato né?
Mor barato pra você, zé mané que nunca teve que ministrar aula de alguma coisa! Pãtz!
É difícil carregar esse fardo, de passar o que você sabe para outra pessoa... uma coisa é quando o aluno sabe do que se trata, como aquele estagiário novo que tá fresquinho da faculdade e você lá, falando de margem disso, markup daquilo, 4 P e o escambau a quatro! Outra completamente diferente é passar algo totalmente zerado e que para você é tão fácil quanto escovar os dentes... é um terreno bastante perigoso, confesso. Pq? Por muitos motivos distintos. Em primeiro lugar, como não passar a impressão de que você é um babaca que se acha mais do que os outros só pq fala uma língua gringa?
Depois: ok, você sabe do que tá falando. Mas quem foi que te disse que você tem competência pra passar aquilo pros outros?
Melhor que isso, só o meu diretor, que se empolgou quando eu disse que faríamos aula de inglês e ele "Olha, que legal! E quem vai dar a aula?". Aí quando respondi, recebi em resposta um gesto que se a mãe dele o visse fazendo, cortaria o dedo dele fora...

O esquema agora é torcer pra dar certo! Ou não euaheuaheuhaeuhae...

Se você tiver dicas para passar pro metido a teacher aqui, pode mandar nos comentários... a turma agradece hahahaha!

Saravá!

quinta-feira, abril 29, 2010

Sobre abraços

Quantos abraços você já recebeu?
Já parou pra pensar nisso? Eu nunca tinha parado pra isso não... mas tem gesto mais universal que o abraço? Não me lembro de algo que tenha tantos significados diferentes e esteja presente em tantas culturas quanto posso me lembrar neste momento.
Foi num lance meio "jogado" da vida que eu comecei a prestar atenção no abraço. Numa coisa meio rotineira que percebi o quão importante é esse treco.
Comecei a lembrar dos abraços que recebi, como cada um dizia uma coisa diferente mesmo se tratando do mesmo gesto. Exatamente o mesmo movimento: ser recebido entre os membros superiores e o tronco de um igual pode ser tão significativo e tão forte, mesmo sendo usado em situações completamente diferentes, com resultados tão heterogêneos. Não há gesto de gratidão maior e mais completo que um abraço! Não há gesto mais fraternal que um desses!
Eu acho incrível essa coisa de abraço. Fiquei pensando nos abraços mais fortes que eu já dei em alguém e o quanto eles foram importantes para mim, o quanto me marcaram. É pobreza de espírito ficar procurando unidades de medida para a vida... mas quando quisermos fazer um "ponto de checagem", o abraço é um bom peso. Diz aí, quantos abraços fortes, apertados e calorentos você já distribuiu?

Saravá!

quarta-feira, abril 28, 2010

Fica Dica: As Melhores Coisas do Mundo

Tempo demais passou desde a última vez que postei aqui. Precisava tirar as teias! E tinha que fazer com estilo.
Na sexta-feira passada resolvi assistir o filme do título do post. Simples assim, pensei "semana que vem vou ao cinema, que se lasque!!"
Na hora do almoço já corri ao Shopping pra garantir o meu lugarzinho na sala.
O dia correu (graças à São Marcos) e saí correndo para comer algo e dar tempo de dar aquela babada na vitrine da A2You hehehehe...
Enfim, vamos ao filme: filme nacional que surgiu meio do nada na programação (pelo menos para este humilde assalariado) e convenhamos, pouca gente acompanha o aquecido mercado da sétima arte verde e amarela né?
O roteiro é adaptado do livro (ou série de livros) "Mano" (eu nunca ouvi falar) e conta a história de Evandro, o "mano" e do seu dia-a-dia de um moleque paulistano, 14/15 anos, de classe média.
Aliás, maior barato assistir um filme que a cidade que você mora serviu de locação. Ficar pensando "Pô, essa é a avenida tal! Ah, eu já passei por aí!"... fico imaginando como se sente um norte-americano que vê suas cidades como paisagem o tempo todo nos mais diferentes filmes...

Bom, a história de Mano é a história de qualquer um que tenha passado pela adolescência: pressão pela descoberta do sexo oposto, em descobrir que Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não existem, encontrar o grupo em que o indivíduo se encaixa... enfim, um prólogo pro resto da vida, só um tiquinho mais traumatizante, afinal, falta rodagem pra encarar tudo isso.

Ressalto a escolha dos atores - fora o fraquinho filho do Fabio Jr, que está ali pra chamar a turminha que assiste Malhação - poucos são os que são do mainstream global. Os protagonistas então? Narigudos, com espinhas... nenhum dentro dos padrões que a Toda Poderosa usa na noveletcha sem vergonha das cinco da tarde. Parabéns aos produtores, já são melhores que os papagaios que contrataram Chris Evans pra atuar como Capitão América...

Os elementos narrativos foram bem utilizados (Carol", a personagem da atriz Gabriela Rocha serve de ponte entre o espectador e o roteiro - sem te tratar feito idiota) e se minha memória não estiver me traindo o ambiente selvagem da escola foi recriado à risca. Os babacas, os amigos traíras, os amigos de verdade, as festinhas de quinze anos "memoráveis" e todos os eventos que formam nosso caráter estão lá... destaque para o irmão mais velho xarope e a cumplicidade que só o sangue pode proporcionar, a mãe e o pai perdidos nesse mundo doido de internet, psicólogos e otimização da educação dos filhos (essa eu inventei agora).

Por fim, é um filme nacional que conta uma história sem tragédia - aliás, tem tragédia sim - e sem mostrar única e exclusivamente os nossos problemas sociais, que existem e ninguém nega que estão no nosso cotidiano. Mesmo com isso, este não é o grande mérito do filme. Acho que o grande tchams da película é contar uma história que faz valer a pena o abusivo preço do ingresso, que faz valer a pena sair de casa e ir ao cinema - coisa que tem muito filme que promete fazer mas não paga nem a passagem do metrô...

Dou nota? Melhor não começar com isso né? hahahaha...

Saravá!

quarta-feira, abril 07, 2010

Quando a inércia é ação

Parado, estático, inerte, indiferente.
Este é o retrato da SE Palmeiras. Triste diagnóstico. Isso é que dá se envolver com coisas sujas, coisas do lado rosa e podre do muro.
Aquele maldito treinador veio e perdeu o título mais ganho da história do clube. Não contente, convenceu a diretoria estúpida a gastar alguns milhões com um patético segundo volante e um rebaixado volante vindo da Itália.
Hoje o elenco não se suporta, e graças à total falta de comando, o maior campeão do futebol nacional está à deriva. Nau sem rumo. Perdido em meio a guerra de salames e spaghettis.
Obrigado Palmeiras, por me fazer uma pessoa mais triste. A kind of blue.

Saravá...

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Fica Dica: Percy Jackson E o Ladrão de Raios

PORCARIA! Não assistam! Não vale nem a meia-entrada, quem dirá uma entrada inteira.
O livro (aventura infanto-juvenil) é legalzinho, rapidinho de ler e, bom, pra quem gosta de aventura é dez. Mesmo, eu indico (até pelo preço, você acha por módicos vinte contos).

O filme é um lixo que só toma o nome das personagens emprestado. Bela cagada, é o que é! Não tem absolutamente nada a ver com o livro. E mal serve como um filme de aventura emocionante... de preferência para o Zumbilândia ou coisa do tipo.

Saravá!

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Pára, pensa, corre

E quando o que passou não passa?
Quando o que ficou não deveria ficar,
que se há de fazer para escapar?

Pára, pensa, corre
Não foge! Fica,
Fica no entrave, na estrada.

Pára, pensa, corre
Já tá na estrada,
Desencana de ficar,
Vai, não pára.

(nova ortografia é o escambau!)

Saravá!

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Fica Dica: Be Kind, Rewind

Você distinto leitor, dileta leitora... nasceu na década de 80? Então com certeza se lembra de Robocop, Os Caça-Fantasmas e outros clássicos da época, certo?
All right!
Continuando o Hat Trick de filmes que assisti no final de semana passado, dessa vez tecerei comentários sobre o impagável "Rebobine por favor".
Se você, leitor juveninha não conhece o verbo "rebobinar" é porque ele não faz o menor sentido nos dias de hoje! Quando éramos jovens, não existia essa birosca redonda com furo no meio chamada "CD". DVD então, vixe...
Na época o grande barato para curtir um filmão era o famoso VHS - Video Home System (caraca, explicar o que era isso é mais difícil do que parece).
Para simplificar, trata-se do antecessor do DVD. E aquilo era um saco! O aparelho que se utilizava era pior ainda (as palavras "cabeçote" e "rebobinar" fazem algum sentido pra você? Não? Sorte a sua!), itens que viviam quebrando, sujando e enchendo o saco de quem queria assistir um filminho em casa.
Bom, o filme (com Jack Black e Mos Def) conta a história de uma locadora que fica na cidade de Pasaic/EUA. Com o advento da mídia digital, o lugar vai ficando jogado às moscas - além de não terem DVDs em seu catálogo, os caras ainda não tinham trocentas cópias do mesmo filme - falha compensada pela variedade de títulos.
Após um acidente, a personagem de Black desmagnetiza todas as fitas da locadora e como o dono estava fora, o substituto dele entra em parafuso! Quando a única cliente da loja exige que o filme dela esteja disponível, ele tem a grande sacada: já que ela não conhece o filme, eles fazem uma versão caseira do mesmo (Ghostbusters, no caso).
As atuações da trupe são de rachar de rir (alguém imagina outro ator tão maluco quanto Black para um papel em que ele tem que refilmer clássicos do cinema? Putz!).
Só que o negócio sai do controle ao passo que eles vão "suecando" (verbo utilizado para a prática de montar versões próprias de filmes) as fitas, até que eles começam a fazer filmes personalizados. O roteiro é muito legal e presta uma grande homenagem àquela época, onde era preciso fazer reserva (!!!) de filmes que você queria assistir.
A turma se vira como pode para recriar todo tipo de filme e o mais legal é ver como eles utilizam a criatividade para recriar os efeitos especiais - sim, eles fazem até os efeitos! Que mané Weta Digital o que...
Este foi um dos filmes mais DIVERTIDOS que vi nos últimos tempos. Talvez um pouco pelo saudosismo, mas principalmente porque para quem curte muito a sétima arte, ver que podemos ter filmes tão bacanas nos divertindo é um prazer raro nos dias de hoje. Fica a dica para você, fiel admirador do cinema!

Saravá!

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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Fica Dica: Hat Trick!


Com calma nessa segunda, que ainda é segunda-feira (e o DB achou o teclado em PT-BR no w7! Yeah babe!).

Fase cinéfila gerando trocentos posts, vai ter distribuidora por aí querendo me pagar publicidade no blog (Tá, e eu sou o Santa Claus. Baixa a bola, DB...).
Enfim, vamos ao que interessa que a lista tá grande!

Vou começar pelo fim, com o filme cabeça da vez. Peguei três filmes na sexta-feira e assisti todos numa batelada só, num domingo à tarde.
Terminei a bateria com "Apenas uma Vez" (Once), filme irlandês de baixo orçamento. Pra quem gosta de música, um prato cheio, já que na prática é um musical - mas sem as cenas "vergonha alheia" tal qual Chicago e coisas do tipo.
Um fiapo de roteiro conta a história de um cara (propositalmente sem nome) que conserta aspiradores e toca nas ruas de Dublin, pra ganhar mais algum. Numa dessas noites, enquanto ele canta uma de suas composições (já que durante o dia ele não o faz pois as pessoas "pagam para ouvir o que conhecem"), ele conhece uma menina (também sem nome) que veio da República Tcheca e que vende flores pra ganhar a vida e toca piano nos intervalos (numa loja de instrument
Voilá, já temos instalado o nosso romance! A beleza do filme está na construção do relacionamento dos dois, que vão conhecendo as respectivas histórias e construindo a própria através do processo criativo. As cenas são muito bonitas (as imagens de Dublins são sensacionais), e a fotografia é típica do gênero "Sou pobre mas sou limpinho".
A história é sustentada no romance dos dois, e em como a inspiração na vida pode aparecer do nada e mudar completamente o que e quem somos.
Vale a pena assistir e pra quem quiser, comprar o filme - eu mesmo já garanti o meu, aqui (precinho camarada).
Filme vencedor do Oscar de Melhor Canção Original, se você conseguir achar o CD, vale a pena (mas custa R$70,00 na Livraria Cultura). Ainda não tentei, mas descobri (uaaau, como sou esperto!) que na Amazon.com é possível comprar as mp3. Não sei isso serve para nós, índios do terceiro mundo... mas azar dos estúdios, se eu não conseguir comprar uso o jeitinho interneteiro pra conseguir...

Mais tarde, as palavras sobre "Be kind, Rewind" e "Reign Over Me".

Saravá!
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sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Fica Dica: Vanilla Sky

Ja aviso que o DB esta testando o Windows 7 em ingles, portanto o texto nao tera acentuacao... sorry pessoal!

Enfim, apos sabe-se la quanto tempo, o DB resolveu dar um pulo na videolocadora. Nao me lembro qual foi a ultima vez que pensei: "Quero assistir um filme. Vou na locadora ver o que tem por la!".
Sai do escritorio e vi que a cidade estava intransitavel. Nao tinha condicoes de pegar onibus, todos cheios e parados por causa dos farois (ok, semaforos) em amarelo piscante.
Liguei o botaozinho magico do "que se lasque" e resolvi ir a pe para casa.
Fui ouvindo minha musica, curtindo a tarde sem chuva (ja eram oito da noite) e quando passei perto da locadora, comecou a tocar "Have you Forgotten", uma das musicas da trilha sonora do "Vanilla Sky". Catapimba! Na mesma hora, entrei na loja e aluguei o tal filme, que sempre quis assistir mas nunca tinha feito-o.

Filmaco!

Trata-se da refilmagem de um outro filme espanhol, o "Abre los Ojos" (1997).
Aqui nao vou me ater a parte estetica do filme, tampouco a tecnica - ja que nao domino nem um e nem outro, basta dizer que ambas servem bem o proposito do filme: contar uma historia bacana e que te faca ligar os pontinhos.
Pra quem presta atencao e ja sabe o que esperar do filme, e bastante divertido ir fazendo as conexoes entre as pistas. Eu ja sabia que o filme nao era "linear", mas nao fazia a menor ideia aonde ele iria chegar.
"Vanilla Sky" conta a historia do "preiboi" David Aames, herdeiro de um "conglomerado de comunicacao" norte americano. Para ele "a vida ate parece uma festa", portanto (apesar de o filme nao ser claro sobre sua competencia) ninguem o leva a serio.
Numa festa em sua casa, ele conhece Sofia, a encantadora estranha que seu amigo conhecera naquela tarde. Obviamente eles se "apaixonam" (no limite que a historia impoe para tal) e um acidente causado por uma "peguete" ciumenta interrompe o filme - mas e ai que a historia comeca!!!
A exploracao do passado do personagem e bastante infima no comeco, ja que ao longo do filme a historia dele vai sendo revelada, nos fazendo entender o que rola na cabeca do figura.
Como todos os filmes do genero, nem tudo o que aparece na tela e real - e ai entra o que falei de ir ligando os pontinhos. Trata-se de um drama psicologico, ou thriller dramatico, como voce preferir.
Pra plateia que busca o cinemao pipoca, este e o tipo do filme que eu nao recomendo. Precisa prestar atencao nos detalhes, fazer ligacoes e o final e tipico deste tipo de filme. Alias, o final e bastante emblematico e a cena tem uma beleza peculiar, principalmente o tal de "Ceu de baunilha" que da nome ao filme.
Como o filme e antigo, tem as teteias Cameron Diaz (numa performance excelente) e Penelope Cruz (que repete o papel de Sofia, tal qual no original espanhol), pra quem quer dar uma viajada na maionese numa sexta em que ninguem ta muito a fim de baladar, fica a dica!

Sarava!!

PS: obrigado a minha amiga do lado de fora, que deu a dica pro marcador. Valeu Pate!!

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"Vanilla Sky" Trailer
Enviado por Garglouik. - Buscar outros videos de Musica.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Up In The Air

Ou o abrasileirado "Amor Sem Escalas". Tirei uma noite sabática e resolvi assistir o tão elogiado filme do antigo Dr. Doug Ross. E o filme merece os elogios que vem recebendo.
Se você tá achando que é mais uma comédia romântica, daquelas que terminam com todo mundo sendo feliz pra sempre, pense de novo e escolha outro filme. Claro que o DB não vai estragar a surpresa e contar o fim do filme, mas se prepare para reviravoltas na trama, que lhe farão dizer "Uuuuuuia...".
Jorge Clunei (já que abrasileiraram tão mal o nome do filme) é mesmo o cara pro papel de Ryan Bingham, um sujeito que é pago para demitir as pessoas. O sujeito é metódico até o talo, mas ao mesmo tempo ele tem o "time" perfeito para o papel de canastrão-sensibilizado-descolado-cool.
Bingham desenvolveu toda uma metodologia para o que ele define ser o trabalho dele: ajudar as pessoas num momento em que estão sensibilizadas. A base dessa metodologia é desenvolvida de formar bastante peculiar pelo roteiro: ele a explica através das palestras motivacionais que é pago para ministrar, sendo que o tema da palestra é "Esvaziando a sua mochila". Nas palestras, ele mostra para as pessoas o quanto a vida delas fica mais pesada conforme vai passando. E isso vai acontecendo durante a história, como se o palestrante fosse o comentarista do filme, aquele cara que vai explicando as passagens para a platéia. Essa ferramenta é utilizada de forma bastante inteligente pelo filme, pois não passa tudo mastigadinho para o público - o que é bastante difícil hoje em dia.
A personagem é construída ao longo do filme, que vai apresentando o raso homem que é Bingham, e como ele constrói sua relação com o mundo e as pessoas. O grande desafio é quando sua companhia muda o modus operandi - portanto, o modo de vida que ele escolheu.

O filme defende um ponto de vista bastante interessante, pois mostra uma personagem que é feliz - ou acomodada - com suas escolhas. Entender a comodidade como felicidade ou a felicidade em ter comodidade vai da perspectiva do espectador. O tema central do filme trata exatamente sobre isso: perspectiva e decisões. A história de Bingham mostra o quanto as nossas escolhas interferem na busca pela felicidade - mas mais do que isso, mostra o quanto precisamos ter paz de espiríto para escolher qualquer coisa.

Ah, raramente comento sobre a técnica de algum filme, até porque não entendo mierda alguma... mas a fotografia desta película me chamou a atenção, principalmente no quase-final do filme. Não vou contar o que e nem como, mas a câmera é utilizada como se fosse uma câmera amadora. Sutil, mas belo.

Por fim, se você está procurando um filme que seja muito bom, envolvente e não seja só entretenimento, "Up In The Air" vale cada centavo do salgado preço que os cinemas cobram hoje em dia.

Saravá!

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sábado, janeiro 30, 2010

Sobre tristeza

Há todo o tipo de tristeza. Não há tristeza certa ou errada - mas a tristeza em si, é sempre errada; injusta de alguma forma.
Não há covardia maior do que deixar alguém triste. Porque a tristeza significa a exteriorização das nossas fraquezes. Ficamos tristes quando perdemos alguém que amamos. Quando vamos embora de um lugar que tanto nos fez bem, nos fez sorrir.
O sorriso é a antítese da tristeza. O sorriso é quase a verbalização da alegria, do querer bem. Quase porque sorrir é, na verdade, um estado de espírito.
Tal qual a tristeza. Quando estamos tristes, tudo à nossa volta é mais silencioso e barulhento ao mesmo tempo. Na tristeza encontramo-nos com quem não queremos ser, num mundo que não queremos estar.
Ficar triste faz parte do crescimento enquanto ser humano, mas não há estupidez maior do que ficar triste.
Há na tristeza a penalização por termos emoções, por termos compaixão pelo outro.
Isto nos faz tristes, mas nos torna belos.

Saravá!

terça-feira, janeiro 26, 2010

Soneto Sem Compasso

Cansado.

Cansado, chateado.

Cansado, chateado, Cansado.

chateado, Cansado.

chateado, Cansado, Pif4d0.

Pif4d0, atrapalhado, chateado.

Cansado. Muito cansado.

Azul.

Nem verde nem branco, azul.

Azul, chateado, Pif4d0.

Nem verde nem branco, Cansado.

Nem verde nem branco, atrapalhado.

Atrapalhado, chateado, Cansado.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Sobre tragédias

2010 não é um ano que começa com esperança de que tudo será melhor. E com tudo que aconteceu, a tal da esperança - se já não era suficiente - ficou ainda menor. Viramos o ano vendo famílias inteiras debaixo de água, famílias de amigos debaixo de terra e tristeza num dos lugares mais lindos do mundo.
Estive na Ilha Grande em outubro e aquele lugar mexeu positivamente comigo. De um jeito diferente, me recarregou as pilhas (mesmo que a vida útil destas esteja no fim). Tive uma semana muito legal por lá e quando vi o que aconteceu, fiquei bastante abalado. Sei que é um lugar alegre e muito simples, mas também bastante acolhedor. Me imaginei na situação da turma que estava lá. Não consigo imaginar o que é ter que correr para salvar a própria vida, ouvindo aqueles que você ama gritar de desespero. Eu gritaria junto. Ou não. Não sei, não há como saber.
E o tal do acaso, não contente com tudo o que sofre o Haiti, ainda resolve destruir tudo o que há por lá. Porquê? Qual o motivo, razão ou circunstância que leva isso a acontecer?
Sei que não posso, que as coisas não funcionam assim, mas que cazzo de justiça divina é essa? Que porra de destino maldito essa gente tem?
Nessas horas, a vontade que dá é de largar tudo e ir pra lá, ajudar de alguma forma. Ser alguém importante na vida alheia, dar carinho e compaixão, dar um abraço de esperança - mas será que isso ainda existe?

Saravá...

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Sobre limites

Prosa, verso, poesia.
Existe limite pra isso? Quem há de saber?
Não há métrica para uma idéia,
não há céu, não há chão.
Ou há?

Há de existir talvez
(mas só talvez)
A prática, o exercício,
mas não o fim - e nem tampouco, o começo.