quinta-feira, janeiro 14, 2010

Sobre tragédias

2010 não é um ano que começa com esperança de que tudo será melhor. E com tudo que aconteceu, a tal da esperança - se já não era suficiente - ficou ainda menor. Viramos o ano vendo famílias inteiras debaixo de água, famílias de amigos debaixo de terra e tristeza num dos lugares mais lindos do mundo.
Estive na Ilha Grande em outubro e aquele lugar mexeu positivamente comigo. De um jeito diferente, me recarregou as pilhas (mesmo que a vida útil destas esteja no fim). Tive uma semana muito legal por lá e quando vi o que aconteceu, fiquei bastante abalado. Sei que é um lugar alegre e muito simples, mas também bastante acolhedor. Me imaginei na situação da turma que estava lá. Não consigo imaginar o que é ter que correr para salvar a própria vida, ouvindo aqueles que você ama gritar de desespero. Eu gritaria junto. Ou não. Não sei, não há como saber.
E o tal do acaso, não contente com tudo o que sofre o Haiti, ainda resolve destruir tudo o que há por lá. Porquê? Qual o motivo, razão ou circunstância que leva isso a acontecer?
Sei que não posso, que as coisas não funcionam assim, mas que cazzo de justiça divina é essa? Que porra de destino maldito essa gente tem?
Nessas horas, a vontade que dá é de largar tudo e ir pra lá, ajudar de alguma forma. Ser alguém importante na vida alheia, dar carinho e compaixão, dar um abraço de esperança - mas será que isso ainda existe?

Saravá...

Nenhum comentário: