terça-feira, dezembro 14, 2010

à la buarque

Que essa roda gigante acelere
Que não pare de girar, nunca
O círculo, sem início, meio ou fim
Tenha fim
O fim que rompe, que interrompe
O que era concreto,
O que era contínuo,
Que não o seja, não mais

saravá

Sexta atrasada

Semana dificil. Filosofadas em plena madrugada na marginal pinheiros.
Mau sinal. Péssimo.
Em fim de ano, começo de outro, hora de pensar no que se fez. Pensar no que deveria ter feito é tortura, mas é inevitável.
Uma escolha e o caminho seria totalmente diferente. Mais ou menos adverso, não há como saber.
Nas horas em que a dúvida domina a rotina, a identidade se perde e tudo que somos pode vir a não ser.

Dizer que tudo tem um propósito pode parecer sereno. Mas nada mais é do que conformar-se com algo que você não queria que tivesse acontecido.
Abdicar do direito - e do dever, quem há de saber? - de tentar algo diferente, algo positivo. Não se pode abdicar nunca do direito de tentar. De escolher. E de errar.

Saravá

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Solavanco

Ah, o despertar
O pulo inútil em plena madrugada
Para um dia, noite, que seja.
Que já não interessa se há motivo
Se é que algum dia houve
E se houve, houve.

Um círculo, um sem começo ou com fim,
Sem fim, sem horizonte
Horizonte vertical, talvez.

Um talvez, ou apenas não sei,
Um eu pude, pois não posso mais.

Saravá.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Speechless once more

É. O que é meu, é de bom grado. E que assim seja, e que do jeito que for, venha.

Saravá.