quarta-feira, abril 28, 2010

Fica Dica: As Melhores Coisas do Mundo

Tempo demais passou desde a última vez que postei aqui. Precisava tirar as teias! E tinha que fazer com estilo.
Na sexta-feira passada resolvi assistir o filme do título do post. Simples assim, pensei "semana que vem vou ao cinema, que se lasque!!"
Na hora do almoço já corri ao Shopping pra garantir o meu lugarzinho na sala.
O dia correu (graças à São Marcos) e saí correndo para comer algo e dar tempo de dar aquela babada na vitrine da A2You hehehehe...
Enfim, vamos ao filme: filme nacional que surgiu meio do nada na programação (pelo menos para este humilde assalariado) e convenhamos, pouca gente acompanha o aquecido mercado da sétima arte verde e amarela né?
O roteiro é adaptado do livro (ou série de livros) "Mano" (eu nunca ouvi falar) e conta a história de Evandro, o "mano" e do seu dia-a-dia de um moleque paulistano, 14/15 anos, de classe média.
Aliás, maior barato assistir um filme que a cidade que você mora serviu de locação. Ficar pensando "Pô, essa é a avenida tal! Ah, eu já passei por aí!"... fico imaginando como se sente um norte-americano que vê suas cidades como paisagem o tempo todo nos mais diferentes filmes...

Bom, a história de Mano é a história de qualquer um que tenha passado pela adolescência: pressão pela descoberta do sexo oposto, em descobrir que Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não existem, encontrar o grupo em que o indivíduo se encaixa... enfim, um prólogo pro resto da vida, só um tiquinho mais traumatizante, afinal, falta rodagem pra encarar tudo isso.

Ressalto a escolha dos atores - fora o fraquinho filho do Fabio Jr, que está ali pra chamar a turminha que assiste Malhação - poucos são os que são do mainstream global. Os protagonistas então? Narigudos, com espinhas... nenhum dentro dos padrões que a Toda Poderosa usa na noveletcha sem vergonha das cinco da tarde. Parabéns aos produtores, já são melhores que os papagaios que contrataram Chris Evans pra atuar como Capitão América...

Os elementos narrativos foram bem utilizados (Carol", a personagem da atriz Gabriela Rocha serve de ponte entre o espectador e o roteiro - sem te tratar feito idiota) e se minha memória não estiver me traindo o ambiente selvagem da escola foi recriado à risca. Os babacas, os amigos traíras, os amigos de verdade, as festinhas de quinze anos "memoráveis" e todos os eventos que formam nosso caráter estão lá... destaque para o irmão mais velho xarope e a cumplicidade que só o sangue pode proporcionar, a mãe e o pai perdidos nesse mundo doido de internet, psicólogos e otimização da educação dos filhos (essa eu inventei agora).

Por fim, é um filme nacional que conta uma história sem tragédia - aliás, tem tragédia sim - e sem mostrar única e exclusivamente os nossos problemas sociais, que existem e ninguém nega que estão no nosso cotidiano. Mesmo com isso, este não é o grande mérito do filme. Acho que o grande tchams da película é contar uma história que faz valer a pena o abusivo preço do ingresso, que faz valer a pena sair de casa e ir ao cinema - coisa que tem muito filme que promete fazer mas não paga nem a passagem do metrô...

Dou nota? Melhor não começar com isso né? hahahaha...

Saravá!

2 comentários:

Nivaldo disse...

Dica bem interessante, Baratta. Vou assistir, acho que vou ver meu filho na tela... rs

Vinicius Baratta! disse...

As possibilidades são grandes viu Nivas! E de se certa forma, se enxergar tb. Tem fase pior que a adolescência? hahaha...