terça-feira, junho 12, 2007

O monstrinho inquilino.

Que dureza que é quando as coisas acontecem de um jeito que não o que a gente quer ou espera.

Nessas horas, a única coisa que parece ser a melhor a ser feita é fazer as malas, pendurar a mochila e chispar... por aí, sem rumo, sem raízes, sem sequer lembrar-se de quem é.

Para quê, afinal, criar raízes ou vínculos? Cedo ou tarde, parece que serão arrancadas de nós, como se arranca um curativo. Só que aí dói mais... puxa pêlo.


Sabem, quando eu vim ao mundo, não me falaram que ia ser essa dureza toda. Não me disseram que ele iria me deixar de joelhos o tempo todo.

(Não acredito no que vou usar agora...) No filme “Rocky Balboa”, o lendário boxeador italiano ensina ao seu insosso filho que o mundo é um lugar cruel, frio. E que não se mede o quanto você é forte por bater, mas por quanto tempo você pode apanhar e agüentar.

Melado? Batido? Clichê? Talvez. Mas, como Peter Parker diria, os clichês existem porque são verdades que se repetem.

Seria o blogueiro e seu jeito de encarar as coisas um clichê? Ou seria o blogueiro um maníaco depressivo, com graves tendências bipolares? Pior: às vezes parece que o blogueiro se “auto-arranca” as raízes, só para depois se lembrar de quem é, do que imagina estar fazendo aqui.

Quando nos afogamos num mar de dúvidas, nossas únicas chances de sobrevivência são nossas certezas. Que nem sempre são exatas, nem sempre... aliás, nunca são concretas ou calculadas. Mas são a única coisa na qual podemos nos agarrar e termos certeza do que somos.

O único perigo é quando nossas certezas nos levam cada vez mais fundo...

Maaaanhê!

Saravá!

Walk On, Walk on... ‘cause I’ll be there for you.

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