sexta-feira, maio 23, 2008

Da arte de arrancar um sorriso



Sorriso: acto de sorrir; manifestação que se faz, sorrindo, e que exprime um sentimento de benevolência, simpatia ou ironia.


Tá, a foto já foi utilizada. Eu sei. Mas ela fez tão bem pruma pessoa aí que eu acho que ela vai fazer bem prum monte de gente.
Cada indivíduo reage de forma diferente a diferentes fatos. Quem nunca teve um acesso de riso no funeral daquela tia-avó da sua tia de segundo grau? Quem nunca rachou o bico da moça desastrada que levou um tombaço na calçada? É injusto afirmar que isso é errado. Mas em nenhuma dessas situações o riso foi espontâneo, necessário. Sim, porquê não tem nada mais belo no mundo que um sorriso. Ele pode ser acompanhado do Pão de Açúcar... ou não. Ele pode ser acompanhado de lasanha e coca cola... ou não. O sorriso mais belo do mundo é aquele que você não espera. Não necessariamente é o do Ronaldinho Gaúcho da Ana Paula Arósio. Pode ser um sorriso banguelo, sorriso de janelinha, sorriso com dente meio torto. Pode ser um sorriso molhado de lágrimas. Todos são obras de arte que todos os dias fazemos! O pintor, o fotógrafo, enfim, o verdadeiro artista é aquele que arranca dos alheios um verdadeiro e largo sorriso. Nada no mundo, nem a praia no fim de semana nem receber dar presentes, é tão revigorante! É tão difícil sorrir no mundo cinzento de hoje... arrancar um sorriso é uma arte para poucos. Na verdade uma arte para todos, pena que nem todos aprendem ou desenvolvem-na. Mais do que altruísta (que também é egoísta, como diria o Joey) arrancar sorrisos alheios é um investimento. Nunca se sabe quando você irá precisar que lhe arranquem um laaaaaargo e gargalhante sorriso.
Essa é uma prática que não deve nunca ser esquecida...

Saravá!

quinta-feira, maio 22, 2008

Eu avisei...

... que ia faltar lágrima.



Clique aqui para ver o quão camarada eu sou de vocês!

Saravá!

A Queda da Arrogância

Antes que milhares de bambis comecem a ter chilique, vou falar da instituição Bambi, e não propriamente de vocês. Então, fiquem de fora pq o assunto é coisa pra gente grande.

Ontem á noite eu vi, outra vez, o auto denominado "maior e melhor clube de futebol do sistema solar" ser eliminado por um tradicional (?) time carioca (sim, aquele estado do futebol decadente).

A eliminação do SPFW não é só assunto para tirar sarro do torcedor colorido. Para muitos ela representa a queda da arrogância de uma corja. O torcedor bambi, ah o torcedor bambi... iludido com a distorcida imagem que seu clube é grande... como eu li por aí (Salve Penchiari!), a bola pune.
Pune aquele que a maltrata e a trata como objeto. A bola é justa. E foi isso que aconteceu. Um time BRASILEIRO que joga sem alma, sem coração, sem jogadores diferenciados, que joga um futebol burocrático, fétido e sem graça entra em decadência. É como que vender a alma ao cão: consegue-se o que deseja, mas o preço... aaah o preço é altíssimo...
Àqueles que infelizmente gostam do futebol "eficiente", meus pêsames. Meus pêsames ao torcedor purpurinado, que mal sabe o que o clube dele representa (afinal, é só futebol...). E à diretoria mais profissional que já pisou nesse lugarzinho chamado "Planeta Terra", VÃO AO QUINTO DOS INFERNOS!
Aos poucos o SPFW volta ao lugar dele, que é no meio da tabela, o ostracismo, a insignificância.

No mais... CHUPA BAMBI! HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Saravá

terça-feira, maio 13, 2008

Café no bule.

Aaaaaaaaah os anos 90... quem não se lembra da feeeeeeeeebre Mamonas Assassinas? Irreverentes! Contagiantes! Criativos! Sensacionais! Lembro bem de todos os clássicos... e lembro do monte de porcaria que veio depois.
Mas mais legal que os Mamonas, eram os apresentadores com nome de bicho. Ratinho, Leão, Jacaré (esse era o mais tosco, era quase feito no quintal de alguma casa por aí...).
O Ratinho (ou Carlos Massa, pros íntimos) ganhou (e ganha) dinheiro a rodo até hoje. Quem não lembra do "Xaropinho"?? Nem eu. Mas eu achei essa pérola e resolvi partilhar com vocês, tremendo fidumafiga cara bacana que sou.

 Xaropinho - A cobra vai fumar


Os saudosos anos 90... ou não.

Saravá!

sábado, maio 10, 2008

Habilidades bucais

Sua mulher diz que acha o Mick Jagger velho sexy?
Diz que tem tara por homens "bocudos"?
Mostra esse vídeo pra ela...



Caraca... QUE MEDO!

Saravá!

O primeiro 04/05 a gente nunca esquece.

Quatro de maio de 2008, tarde clara e fria em São Paulo. E no estádio Palestra Itália 27.000 pessoas viviam uma agitação radiante. Era final do campeonato paulista de 2008 e a Sociedade Esportiva Palmeiras voltava a disputar uma final de campeonato em casa.

A agitação começara no domingo anterior, quando o Palmeiras já havia vencido o adversário na casa dele: SE Palmeiras 1 x 0 AA Ponte Preta.

Naquela semana, o Palmeiras iria encarar ainda outra decisão: jogo de volta das oitavas de final pela Copa do Brasil.
Na quarta, um time irreconhecível. Mas era claro que o problema era psicológico. Tomar um sapeca iá-iá daqueles do nada não fazia o menor sentido.
Durante a semana, a torcida palmeirense já começou a saga pelos ingressos. A grande esperança era o setor VISA: começou a vender na surdina da segunda-feira, por volta das 14:00. Antes da meia noite, todos os ingressos já tinham ido pra Jesus. A fila na Turiassu já estava formada antes das 22:00, assim como a certeza de que ia dar merda. E deu.
Mas vamos nos ater ao evento. O DB conseguiu um ingresso graças à um grande amigo de Santos. A torcida seria reforçada com Parrrmeristas do interior, mas graças ao rolo com os ingressos no clube, não conseguiram vir. Vieram, no entanto, amigos de Brasília e do RJ. Juntou com o pessoal de Santos e Floripa... e bora a caravana Parmerista!

No sábado, a ansiedade dominava. Apesar de toda a distração, toda a novidade, a emoção tomava conta do coração verde a toda hora. Era só pensar na finalíssima e na certeza de desentalar aquele grito maravilhoso que já sentia o frio na barriga.
Fui dormir às 04:00 da manhã - mais cedo seria impossível.
Levantei às 11:00 de domingo, vesti a camisa da Parmalat (93), o quebra vento à la Caio Junior e fui encontrar-me com parte da caravana no metro.
É impressionante como às vezes nos sentimos tão à vontade em lugares tão longe de casa. Não há lugar mais aconchegante para o palmeirense que a estação Palmeiras - Barra Funda do metrô de SP. É como entrar na varanda da casa ou no hall do prédio que moramos. O coração, ao mesmo tempo que se acalma, se agita, pulsa, grita: tá chegando a hora!

Parada no Bourbon para o almoço e o primeiro presente. A emoção de ver seres Divinos ao vivo. Entre mortais.
Um senhorzinho todo de verde e de olhos claros. De olhar e postura serena, dizia: "Calma gente, dá tempo...". Sim, Ademir da Guia foi distribuir um pouco de sua simpatia para aqueles sortudos que estariam dentro do Palestra Itália em instantes.

15:00, tá quase na hora! Entrei no estádio após me despedir dos amigos, mas foi o melhor "até logo" que já disse na vida.
16:00. Tá na hora do pau! A Sociedade Esportiva Palmeiras entra em campo e mais de 27000 gargantas berram e se emocionam com os 12 que estão em campo. Um deles, o camisa 12 é mais que especial. Ele é um símbolo, é a bandeira. É voz e coração do torcedor em campo. Ele é São Marcos. Aquele que opera milagres e solta um sorriso de 10 em cada 11 pessoas que têm a oportunidade de chegar perto dele.
O jogo é nervoso, ansioso. Sai o primeiro gol, lááá longe... mas quando o Santo comemora, a torcida não aguenta! Grita, pula, se abraça. Gente que nunca se viu mais parecem amigos distantes. Na subida de Elder Granja e no arremate certeiro de careca do camisa 9 alvi-verde, a galera não consegue mais segurar: É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!

Vem o intervalo. Os piores 15 minutos da minha vida. Inverte-se o campo, o Santo já está no gol oposto à localização do DB. Mal podia acreditar: eu fazia parte da história do Gigante Verde!
No terceiro gol, dele, do Mago, do craque, do ídolo Jorge Valdívia. Um golaço. Uma arrancada da intermediária até a entrada da área e um canhão no canto direito do goleiro Aranha. A cerca de 20m deste que escreve. Lindo. Lindo! Emocionante!

As lágrimas são contidas com esforço. É, indiscutivelmente, campeoníssimo! E mal sabia eu e meus mais de 27000 companheiros de estádio e uns outros milhões por aí que o camisa 9 ainda anoaria mais dois gols, tornando-se artilheiro do campeonato. Ainda deu tempo de homenagear o aprendiz de santo!

Quando o juiz pede a bola e aponta o centro de campo, a torcida desaba. Eu desabo. Mal enxergava o que acontecia no gramado. Com os olhos marejados gritava com pulmão, alma e coração: é campeão!
Gritei por mim, pelos que não conseguiram ingresso, pelos que estavam ao meu lado, pelos que estavam comigo, mesmo que do outro lado da arquibancada. Quando Ele correu em direção à torcida e vibrou conosco, meus olhos já nao me deixavam ver mais nada. Se ele chorou, quem era eu para segurar a emoção?
Ao sair do estádio, rouco e feliz, feliz como nunca e feliz como poucos, tive a certeza do meu amor por você Palmeiras. Obrigado!
A noite terminou da melhor forma possível: em festa com grandes e sinceros amigos, parabenizando a Sociedade Esportiva Palmeiras pela conquista do 24º título paulista.

Saravá!

PS: obrigado aos amigos que estiveram lá (Árvaro, Valdemir, Ana, Zé, Belentani, Pedro Ivo, Tadeu). Obrigado aos parmeristas que não podiam estar fisicamente conosco (PC, Lucao, Tofas, Liveraro, Magro, Penchiari e Penchiari II, Nivardo, JL, meu pai, minha irmã)... e obrigado Profexô Luxa, São Marcos, Elder Granja, Gustavo, Henrique, Leandro, Pierre, Martinez (ex Múmia), DSouza, Vardívia, Krébi C. e Alex tio Chico Mineiro (by lucao).
PS2: a música que não parava de tocar, além do hino palestrino, dizia: One love, one blood, one life...