Porque na vida as pessoas se vão. Espiritual ou fisicamente, as pessoas se vão.
Nos deixam rastros, memórias de tempos que passaram. Mas deixam dor, angústia e, em muitos casos, desamparo.
Como prever que aquele aperto de mão, ontem à noite, na porta da faculdade era o último? Porque, a 4 meses do dia mais libertador dos últimos 4 anos?
Que selvageria é essa que tira as pessoas das nossas vidas, sem termos chances de nos defender? Oras...
Os minutos que passam, passam sem dó. Sem piedade do que ficou. O nosso tempo não aumenta, mas diminui. Uns tem um tempo extra. Outros, o tempo é mais longo. Não importa. Não agora. Não quando se tem dor. Quando se quer reagir... mas... como? Contra o quê? Contra quem? Porque?
Chega a ser piegas afirmar que devemos aproveitar o nosso curto da melhor forma possível. Porque de tão curto que esse tempo é e de tão imprevisíveis que são os acontecimentos, por vezes, um piscar de olhos é fulminante, decisivo. Pode ser o último.
Que cada abraço seja o último. Que as palavras que ficam possam ser as de conforto, as de esperança. As palavras em alto tom, destrutivas, que essas possam se apagar na ampola que insiste em correr.
Valeu ‘WO’, ‘psit’, ‘canela grossa’... Vá em paz Luis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário