domingo, junho 27, 2010

Para Forrest

Corre. Corre, senão o tempo pára, você cansa e as coisas não chegam.
Corre. Que se andar não dá tempo e você se atrasa.
Corre. Não pára. Leve só o que precisa, e só pra se garantir.
Leve quem importa, não deixe ninguém pra trás. Mas cuidado, senão quem fica pra trás é você.

sábado, junho 26, 2010

Me diz

Porque tem dias que não são dias,

Porque tem noites que não são noites.

São intervalos de tempo, intervalos entre

O que deve e o que não deve, entre o sim

entre o não.

Por que há de ser o que não pode, por que,

Oras, porquê sim.

quarta-feira, junho 16, 2010

'Bout Dylan

Sempre ouvi falar sobre Bob Dylan. Assisti ao excelente "I'm not there", li seu livro de crônicas e possuo algum conhecimento sobre sua biografia. É, sem dúvida, um gênio dos nossos tempos... suas poesias tomam forma de canções, e juntamente com a sonoridade meio "moda-de-viola-de-calçada-nova-iorquina" (vulgo "folk"), são canções que não podem ficar limitadas à rótulos. As músicas do mítico Dylan têm alcance maior justamente por não terem o limite do rótulo. Sua poesia, ora revoltada, ora espiritual tem a capacidade de fazer você ouvir, ler e pensar. Tudo depende do teu estado de espiríto - ah, a arte, a grande válvula de escape das almas trancafiadas no dia-a-dia.

"Forever young" é o tipo de música que vai bem no casamento, no batizado, no churrasco de confraternização... mas principalmente no "Adeus". É aquela benção final que recebemos quando o próximo desafio vem nos buscar, tal qual um chofer, na porta de nossa casa.
Sua poesia cantada nos faz ter vontade de olhar álbuns antigos, daqueles que faziam parte e que já se foram - levados pela vida, pela rotina, por Deus ou por eles mesmos... há trecho musicalmente conhecido mais melancólico que a última estrofe? A melancolia do fim e do recomeço.

Falei demais. Deixem que Dylan fale por mim... por vocês.

Saravá!

ET: não encontrei vídeo com a música completa, sorry...

****************************************

Forever Young

May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous,
May you grow up to be true,
May you always know the truth
And see the lights surrounding you.
May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May your hands always be busy,
May your feet always be swift,
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift.
May your heart always be joyful,
May your song always be sung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.


terça-feira, junho 15, 2010

Moral da história

... é que a caixa de Pandora tinha um motivo pra ficar fechada. E que quando o Brasil ganha, o chifrudo do seu vizinho acha que pode tocar "Every breath you take" na versão do Puffy Daddy até a hora que ele bem entender...

Cáspita!

Roubaram minha bússola, porra!

segunda-feira, junho 14, 2010

Tocos

Quem nunca jogou basquete, não sabe o que é um "tocoooooooo". "Toco" é quando você, jogador adversário, bloqueia o arremesso daquele pivô anão, que tá dentro do garrafão pronto pra desempatar o jogo. Como um bloqueio no vôlei ou defender um pênalti em uma... sei lá, oitava de final da copa do colégio.
E assim como a arte imita a vida, a vida imita o esporte. Já tomei tocos inacreditáveis. Mas quando se joga em time (ou em dupla, que seja) sempre tem alguém pra devolver a bola pra você tentar outra vez.
Já tomei toco de supostos "amigos", de professores, chefes, irmã, irmão, ex-namorada, ex-rolo-de-final-de-semana... e da vida. Ôpa, essa joga muito na defesa!
Mas tem horas que ela apela, que joga sujo. E aí, quando você tá estatelado no chão, olha pro lado e... cadê o juiz?
Não tem juiz playboy, te vira...

Saravá!

terça-feira, junho 08, 2010

O que ficou?

Porque foi há muitos anos atrás que ouvi de alguém mais sábio que eu: "Nunca se esqueça daonde você veio!".
Essas palavras jamais sairam da minha cabeça e constantemente ouço a mesma voz, lembro do exato momento em que ouvi esta frase. Aqueles eram tempo difíceis mas eram também tempos de mudança - e por mais que não pareça, enfrentar mudanças é mais fácil do que enfrentar o aconchegante dia-a-dia.
Os caminhos que a vida nos leva - e que escolhemos trilhar - nem sempre parecem levar para onde imaginamos. E é impressionante como descobrimos que caminhos que jamais foram seque uma opção tornam-se a via de fuga, a rota alternativa para sairmos do destino errado.
É impressionante como nos achamos tão responsáveis pelas nossas escolhas e de repente, passamos a ser vítimas delas e das circunstâncias que nos colocamos em virtude de péssimas tomadas de decisão.
É uma verdadeira ironia: mais erra quem mais tenta acertar. Mas é a ironia dos irresponsáveis: sim, assuma que para correr riscos, você precisa ser um tantinho irresponsável. Conhecer o limite desse tantinho é crucial - e só se descobre isso sabendo daonde você veio (pois pra onde você irá, só o tempo responderá).

Saravá!

domingo, junho 06, 2010

Fica dica: Ele não está tão a fim de você

Tá, pra começar: você já viu uma comédia romântica (hein?) que tenha quase a mesma duração de algum episódio de "Senhor dos Anéis"? Não? Pois é, esse mito acaba de virar realidade: elas existem.
"Ele não está tão a fim de você" é uma prepotente comédia romântica, que fica num chove-não-molha inacreditável. Em determinada altura do filme, perguntei: "Ok, alguém vai dar uns pegas nesse filme???". Sim, porque é um festival de gente complicada e cheia de doce que nem mesmo aquele casal mais óbvio que você conhece demorou tanto pra dar o primeiro beijo...

O filme trata de várias histórias entrelaçadas, sobre diferentes personagens (mulheres, claro) em diferentes estágios da vida. Num estrelado elenco (Drew Barrimore, a tetéia Scarlet Johansson, Jennifer Connoly, Ben Affleck e a eterna Rachel de Friends, Jennifer Aniston) quem se destaca são os dois menos famosos: um tal de Justin Long e uma que nem sei o nome. É difícil tentar sintetizar num post a história do filme, já que são várias. Mas tente você, distinto leitor, se lembrar de vários casos de amigos (as) desesperados por uma namorada(o) e aquele tipo de gente que só consegue ser feliz se tem algum rolo rolando (rááá!). Tem vários né? Tá, agora imagina que esse povo todo consegue se enrolar junto e todo mundo é traumatizado com relacionamentos. Tá se identificando? Pois é.

O filme tem 129 minutos de duração e poderia terminar uma meia hora antes, já que os namoricos e possíveis casamentos estão todos no ponto. Mais um filme à la "Sex And The City" em que as mulheres são tratadas de forma superficial: inseguras de si, carentes, co-dependentes, obssessivas com casamento e outros clichês babaquinhas por aí.

Se vale a pena? Bom, o final do filme até surpreende, mas está cheinho de furos e soluções do tipo "Er... o que faço com essa personagem que sobrou? Ah, qualquer coisa tá bom, afinal, o importante é o final feliz!" - e por "final feliz" entenda "casamento". Porque afinal, qual mulher consegue ser feliz consigo mesma, não é?

Por fim, se passar na tv aberta, num domingo à tarde, é melhor que Fauschatão...

Saravá!