sexta-feira, outubro 16, 2009

Sobre gerações

Faz tempo que o DB não posta nada diferente aqui. Vamos ver se consigo manter alguma regularidade...
Enfim, hoje fui tomar café e resolvi comprar o JT, coisa que não fazia desde que saí de férias.
O legal de comprar jornal de quinta-feira é que vem o caderno "Link", que obviamente, trata de tecnologia. A matéria de hoje, intitulada "A geração que desenha nosso futuro" trata sobre a forma como a Internet vem mudando o perfil da sociedade, principalmente daqueles que nasceram a partir da década de 80. Para esta geração, o uso do computador é tão parte do cotidiano quanto escovar os dentes ou assistir algum programa de televisão (bom, esta até está migrando para o PC...).
O uso do computador para trabalhar, estudar - e aqui está a grande guinada da telinha, para se relacionar - está mudando as características e conceitos que nossos pais nos ensinaram. Noções como perto e longe mudaram - um amigo que vai passar seis meses na Europa deixa saudades, mas não deixa de mandar notícias (em tempo real). Um garoto que mora no interior de Goiás pode se interessar por uma gauchinha de Pelotas - e pode bater um papo com ela via MSN. Em blogs (epa!) as discussões foram 100% democratizadas: todo mundo dá sua opinião (e o pobre do teclado aceita tudo...) e pequenos grupos vão se formando, pequenas comunidades.
A internet possibilita a todo cidadão o acesso à informação, à opinião (e à formação dela). O governo de SP está dando um passo a mais e, de acordo com o twitter do governador José Serra, foi assinada uma lei para redução do ICMS do serviço de banda larga - possibilitando ao cidadão de baixa renda pagar pelo serviço. O governo federal, através do programa "Computador para Todos" incentiva a aquisição desta mágica maquininha de produção do conhecimento e interação com o resto do mundo.
Com todas essas ferramentas para aquisição de conhecimento e de interação com o mundo, fica a pergunta: estamos preparados para uma sociedade integrada? Estamos caminhando para isso?
A matéria do JT entrevista dois estudiosos no assunto. Um defende que sim, que essa geração que está vindo já vem com essa estrutura formada, pois esse é o mundo que ela vive, esse é o dia a dia dela. O outro afirma que não, e que essa turminha está deixando de se preparar como deveria, dado que a necessidade de busca de conhecimento e obtenção dele através da internet é fragmentada, ou seja, não linear.
São pontos de vista claramente opostos, cada qual com argumentos válidos. O DB é um entusiasta da internet e de tudo o que ela pode proporcionar. Para a galerinha que está chegando, o mais importante é mostrar à eles o caminho a ser percorrido. Isso, podem apostar: não mudou. A participação dos pais e dos professores ainda é fundamental para que a galerinha não deixe de desenvolver seu senso crítico e para que possam enxergar as oportunidades que eles têm. Afinal, é na mão deles (nas nossas, vá lá) que está o futuro da nossa sociedade (e esperamos que ela seja um pouquinho melhor do que a que estamos deixando para eles).

Ufa, texto longo! Sorry!

Saravá!


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