terça-feira, agosto 26, 2008

Eleições 2008

Pois é, eis que o DB esteve pensando em que ou em quem votar.
Não sou analista político, sou no máximo, como diria o Mestre Serjão (ou o Belchior), um rapaz lantino-americano, sem dinheiro no banco.

Muitos amigos têm me dito que a vontade de anular o voto é bem grande. Primeiro, porque sabemos que nada mudará, independentemente de quem estará no cargo.
Talvez faça a diferença, pras camadas sociais mais baixas. Ou pras mais altas. Mas pra quem gira a porra da economia (desculpem o meu francês, mas tá impossível a situação), quem leva essa merda dessa país salafrário nas costas - ou seja, a classe média, fodida e mal paga - não muda nada.
Aliás, muda: aquela merda de carro que você levou dois anos juntando o troco da padaria, indo a pé pro serviço, fazendo dois, três serviços ao mesmo tempo, só pra pagar essa porra de carro... bom, boas novas! Você paga um absurdo de IPVA e Seguro Obrigatório, mas o asfalto dessa merda de cidade tá todo esburacado.
"Ah, mas quem tem carro é rico! E o governo é pros pobres!". É verdade... ou não! O governo é pra todo mundo! Pro pobre, que precisa de creche, leite, e PRINCIPALMENTE SAÚDE E EDUCAÇÃO. Pro infeliz da classe média, que agora tem carro, mas gasta os tubos com manutenção por causa dessa porra de cidade esburacada. Então, tem que andar de metrô... mas adivinha só! Metrô acaba ficando pra quem mora bem (vai ter estação até no Morumbi! Oooooooooooooooooh!) OU muito mal. Quem fica no meio termo (e não fode com a maquina publica, mas também coloca esses safados no governo), se fode. Tá certo! Tem mais é que encher a casinha de filho, ou entao o cu de dinheiro e se dar bem.

No fim das contas, eu acabo pensando que os otários que ficam na classe intermediária nem ligam pra essas coisas. Porque não dá pra parar de tocar a vida e pensar no que temos ou não direito. Até porque, pra esse povo, já não faz diferença ter que pagar 10 ou 15% de imposto. Porque eles correm atrás desses 5%, pagam e ainda conseguem mais, conseguem melhorar mais ainda de vida.
No fim, nem o anestesista nem o ex-metalúrgico são exemplos de vida. Esses são só os fantoches. Exemplo de vida é o figura que levanta às seis da manhã, se veste, se arruma, toma café e bota essa porra de país pra funcionar. O resto, é resto.

Saravá!

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