sábado, fevereiro 23, 2008

Do tempo que tínhamos ideais

Outro post meio saudosista. Mas nem tanto.
Sempre me disseram que com o tempo, a tendência é ficarmos cada vez mais acomodados com o mundo. Quando jovens (imaturos ou inexperientes) temos força, ideais, juventude. Uma sede por justiça e conhecimento que beira o absurdo.
Lembro-me que eu tinha vontade de consertar o mundo. Deixá-lo melhor do que encontrei. Russo, o Renato, pergunta em uma de suas melhores músicas: até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem?

É mais ou menos isso: onde é que foi parar tudo isso? Em que parte da minha vida que eu (falo por mim agora) esqueci o sonho de liberdade e justiça? Em qual gaveta eu guardei isso? Porque não acho?

Porque, em dado momento, passei a ser conivente com a estupidez e o abuso do poder em prol de segurança e justiça?

Olhando para o álbum do orkut de uma menina de 18 anos, fui obrigado a me perguntar: a partir de que ponto da minha história foi que eu passei a perder a visão? A ficar míope para os problemas desse munso? Será que eu não posso fazer nada?

O post hoje não é uma resposta. É uma busca por ela.

Saravá!

Nenhum comentário: