PORCARIA! Não assistam! Não vale nem a meia-entrada, quem dirá uma entrada inteira.
O livro (aventura infanto-juvenil) é legalzinho, rapidinho de ler e, bom, pra quem gosta de aventura é dez. Mesmo, eu indico (até pelo preço, você acha por módicos vinte contos).
O filme é um lixo que só toma o nome das personagens emprestado. Bela cagada, é o que é! Não tem absolutamente nada a ver com o livro. E mal serve como um filme de aventura emocionante... de preferência para o Zumbilândia ou coisa do tipo.
Você distinto leitor, dileta leitora... nasceu na década de 80? Então com certeza se lembra de Robocop, Os Caça-Fantasmas e outros clássicos da época, certo?
All right!
Continuando o Hat Trick de filmes que assisti no final de semana passado, dessa vez tecerei comentários sobre o impagável "Rebobine por favor".
Se você, leitor juveninha não conhece o verbo "rebobinar" é porque ele não faz o menor sentido nos dias de hoje! Quando éramos jovens, não existia essa birosca redonda com furo no meio chamada "CD". DVD então, vixe...
Na época o grande barato para curtir um filmão era o famoso VHS - Video Home System (caraca, explicar o que era isso é mais difícil do que parece).
Para simplificar, trata-se do antecessor do DVD. E aquilo era um saco! O aparelho que se utilizava era pior ainda (as palavras "cabeçote" e "rebobinar" fazem algum sentido pra você? Não? Sorte a sua!), itens que viviam quebrando, sujando e enchendo o saco de quem queria assistir um filminho em casa.
Bom, o filme (com Jack Black e Mos Def) conta a história de uma locadora que fica na cidade de Pasaic/EUA. Com o advento da mídia digital, o lugar vai ficando jogado às moscas - além de não terem DVDs em seu catálogo, os caras ainda não tinham trocentas cópias do mesmo filme - falha compensada pela variedade de títulos.
Após um acidente, a personagem de Black desmagnetiza todas as fitas da locadora e como o dono estava fora, o substituto dele entra em parafuso! Quando a única cliente da loja exige que o filme dela esteja disponível, ele tem a grande sacada: já que ela não conhece o filme, eles fazem uma versão caseira do mesmo (Ghostbusters, no caso).
As atuações da trupe são de rachar de rir (alguém imagina outro ator tão maluco quanto Black para um papel em que ele tem que refilmer clássicos do cinema? Putz!).
Só que o negócio sai do controle ao passo que eles vão "suecando" (verbo utilizado para a prática de montar versões próprias de filmes) as fitas, até que eles começam a fazer filmes personalizados. O roteiro é muito legal e presta uma grande homenagem àquela época, onde era preciso fazer reserva (!!!) de filmes que você queria assistir.
A turma se vira como pode para recriar todo tipo de filme e o mais legal é ver como eles utilizam a criatividade para recriar os efeitos especiais - sim, eles fazem até os efeitos! Que mané Weta Digital o que...
Este foi um dos filmes mais DIVERTIDOS que vi nos últimos tempos. Talvez um pouco pelo saudosismo, mas principalmente porque para quem curte muito a sétima arte, ver que podemos ter filmes tão bacanas nos divertindo é um prazer raro nos dias de hoje. Fica a dica para você, fiel admirador do cinema!
Com calma nessa segunda, que ainda é segunda-feira (e o DB achou o teclado em PT-BR no w7! Yeah babe!).
Fase cinéfila gerando trocentos posts, vai ter distribuidora por aí querendo me pagar publicidade no blog (Tá, e eu sou o Santa Claus. Baixa a bola, DB...).
Enfim, vamos ao que interessa que a lista tá grande!
Vou começar pelo fim, com o filme cabeça da vez. Peguei três filmes na sexta-feira e assisti todos numa batelada só, num domingo à tarde.
Terminei a bateria com "Apenas uma Vez" (Once), filme irlandês de baixo orçamento. Pra quem gosta de música, um prato cheio, já que na prática é um musical - mas sem as cenas "vergonha alheia" tal qual Chicago e coisas do tipo.
Um fiapo de roteiro conta a história de um cara (propositalmente sem nome) que conserta aspiradores e toca nas ruas de Dublin, pra ganhar mais algum. Numa dessas noites, enquanto ele canta uma de suas composições (já que durante o dia ele não o faz pois as pessoas "pagam para ouvir o que conhecem"), ele conhece uma menina (também sem nome) que veio da República Tcheca e que vende flores pra ganhar a vida e toca piano nos intervalos (numa loja de instrument
Voilá, já temos instalado o nosso romance! A beleza do filme está na construção do relacionamento dos dois, que vão conhecendo as respectivas histórias e construindo a própria através do processo criativo. As cenas são muito bonitas (as imagens de Dublins são sensacionais), e a fotografia é típica do gênero "Sou pobre mas sou limpinho".
A história é sustentada no romance dos dois, e em como a inspiração na vida pode aparecer do nada e mudar completamente o que e quem somos.
Vale a pena assistir e pra quem quiser, comprar o filme - eu mesmo já garanti o meu, aqui (precinho camarada).
Filme vencedor do Oscar de Melhor Canção Original, se você conseguir achar o CD, vale a pena (mas custa R$70,00 na Livraria Cultura). Ainda não tentei, mas descobri (uaaau, como sou esperto!) que na Amazon.com é possível comprar as mp3. Não sei isso serve para nós, índios do terceiro mundo... mas azar dos estúdios, se eu não conseguir comprar uso o jeitinho interneteiro pra conseguir...
Mais tarde, as palavras sobre "Be kind, Rewind" e "Reign Over Me".
Ja aviso que o DB esta testando o Windows 7 em ingles, portanto o texto nao tera acentuacao... sorry pessoal!
Enfim, apos sabe-se la quanto tempo, o DB resolveu dar um pulo na videolocadora. Nao me lembro qual foi a ultima vez que pensei: "Quero assistir um filme. Vou na locadora ver o que tem por la!". Sai do escritorio e vi que a cidade estava intransitavel. Nao tinha condicoes de pegar onibus, todos cheios e parados por causa dos farois (ok, semaforos) em amarelo piscante. Liguei o botaozinho magico do "que se lasque" e resolvi ir a pe para casa. Fui ouvindo minha musica, curtindo a tarde sem chuva (ja eram oito da noite) e quando passei perto da locadora, comecou a tocar "Have you Forgotten", uma das musicas da trilha sonora do "Vanilla Sky". Catapimba! Na mesma hora, entrei na loja e aluguei o tal filme, que sempre quis assistir mas nunca tinha feito-o.
Filmaco!
Trata-se da refilmagem de um outro filme espanhol, o "Abre los Ojos" (1997). Aqui nao vou me ater a parte estetica do filme, tampouco a tecnica - ja que nao domino nem um e nem outro, basta dizer que ambas servem bem o proposito do filme: contar uma historia bacana e que te faca ligar os pontinhos. Pra quem presta atencao e ja sabe o que esperar do filme, e bastante divertido ir fazendo as conexoes entre as pistas. Eu ja sabia que o filme nao era "linear", mas nao fazia a menor ideia aonde ele iria chegar. "Vanilla Sky" conta a historia do "preiboi" David Aames, herdeiro de um "conglomerado de comunicacao" norte americano. Para ele "a vida ate parece uma festa", portanto (apesar de o filme nao ser claro sobre sua competencia) ninguem o leva a serio. Numa festa em sua casa, ele conhece Sofia, a encantadora estranha que seu amigo conhecera naquela tarde. Obviamente eles se "apaixonam" (no limite que a historia impoe para tal) e um acidente causado por uma "peguete" ciumenta interrompe o filme - mas e ai que a historia comeca!!! A exploracao do passado do personagem e bastante infima no comeco, ja que ao longo do filme a historia dele vai sendo revelada, nos fazendo entender o que rola na cabeca do figura. Como todos os filmes do genero, nem tudo o que aparece na tela e real - e ai entra o que falei de ir ligando os pontinhos. Trata-se de um drama psicologico, ou thriller dramatico, como voce preferir. Pra plateia que busca o cinemao pipoca, este e o tipo do filme que eu nao recomendo. Precisa prestar atencao nos detalhes, fazer ligacoes e o final e tipico deste tipo de filme. Alias, o final e bastante emblematico e a cena tem uma beleza peculiar, principalmente o tal de "Ceu de baunilha" que da nome ao filme. Como o filme e antigo, tem as teteias Cameron Diaz (numa performance excelente) e Penelope Cruz (que repete o papel de Sofia, tal qual no original espanhol), pra quem quer dar uma viajada na maionese numa sexta em que ninguem ta muito a fim de baladar, fica a dica!
Sarava!!
PS: obrigado a minha amiga do lado de fora, que deu a dica pro marcador. Valeu Pate!!
Ou o abrasileirado "Amor Sem Escalas". Tirei uma noite sabática e resolvi assistir o tão elogiado filme do antigo Dr. Doug Ross. E o filme merece os elogios que vem recebendo. Se você tá achando que é mais uma comédia romântica, daquelas que terminam com todo mundo sendo feliz pra sempre, pense de novo e escolha outro filme. Claro que o DB não vai estragar a surpresa e contar o fim do filme, mas se prepare para reviravoltas na trama, que lhe farão dizer "Uuuuuuia...". Jorge Clunei (já que abrasileiraram tão mal o nome do filme) é mesmo o cara pro papel de Ryan Bingham, um sujeito que é pago para demitir as pessoas. O sujeito é metódico até o talo, mas ao mesmo tempo ele tem o "time" perfeito para o papel de canastrão-sensibilizado-descolado-cool. Bingham desenvolveu toda uma metodologia para o que ele define ser o trabalho dele: ajudar as pessoas num momento em que estão sensibilizadas. A base dessa metodologia é desenvolvida de formar bastante peculiar pelo roteiro: ele a explica através das palestras motivacionais que é pago para ministrar, sendo que o tema da palestra é "Esvaziando a sua mochila". Nas palestras, ele mostra para as pessoas o quanto a vida delas fica mais pesada conforme vai passando. E isso vai acontecendo durante a história, como se o palestrante fosse o comentarista do filme, aquele cara que vai explicando as passagens para a platéia. Essa ferramenta é utilizada de forma bastante inteligente pelo filme, pois não passa tudo mastigadinho para o público - o que é bastante difícil hoje em dia. A personagem é construída ao longo do filme, que vai apresentando o raso homem que é Bingham, e como ele constrói sua relação com o mundo e as pessoas. O grande desafio é quando sua companhia muda o modus operandi - portanto, o modo de vida que ele escolheu.
O filme defende um ponto de vista bastante interessante, pois mostra uma personagem que é feliz - ou acomodada - com suas escolhas. Entender a comodidade como felicidade ou a felicidade em ter comodidade vai da perspectiva do espectador. O tema central do filme trata exatamente sobre isso: perspectiva e decisões. A história de Bingham mostra o quanto as nossas escolhas interferem na busca pela felicidade - mas mais do que isso, mostra o quanto precisamos ter paz de espiríto para escolher qualquer coisa.
Ah, raramente comento sobre a técnica de algum filme, até porque não entendo mierda alguma... mas a fotografia desta película me chamou a atenção, principalmente no quase-final do filme. Não vou contar o que e nem como, mas a câmera é utilizada como se fosse uma câmera amadora. Sutil, mas belo.
Por fim, se você está procurando um filme que seja muito bom, envolvente e não seja só entretenimento, "Up In The Air" vale cada centavo do salgado preço que os cinemas cobram hoje em dia.