terça-feira, novembro 17, 2009

Rugas

Mais um ano na caderneta e quando pisquei, pimba! Outro aniversário.
É interessante esse negócio de ficar velho. Quanto menos se quer, mais se fica. Lembro-me dos aniversários na infância, mesmo na fase mais difícil. Esperava chegar o dia que todo mundo vinha cumprimentar quando chegava na escola. Aquela montoeira de calças azuis e camisetas brancas vinham, abraçavam, beijavam. Depois, de noite, todo mundo ligava, só pra marcar presença. Lembro que eu tinha duas amigas que sempre mandavam cartões no aniversário, era quase uma tradição.
Com o passar dos anos, foi ficando tudo mais difícil, complicado. Aí, uma hora, a gente desencana de comemorar, afinal, nunca dá pra juntar todo mundo... e se não é com todo mundo, não tem graça. E depois, tudo começa a mudar porque o todo mundo já não o mesmo todo mundo - e como diz uma querida pessoa, "todo mundo é muita gente".
Sei lá o que pensar dos aniversários. Eles tem um "quê" de melancolia, de contagem regressiva. O contrapeso, no irônico final, é o apagar das velinhas...

Saravá!

Um comentário:

Patricia disse...

Você recebeu meu email atrasado? :(