terça-feira, novembro 24, 2009

Acabou?

"Cacetada!" - Que dia! Ainda bem que tá quase acabando... quase mesmo, é banho e cama. Um dia pesado, apesar de rápido e passageiro. Dia que começou mais cedo do que deveria, e isso em todos os sentidos (e, urgh, estômago tá doendo bagarai) e tá terminando mais tarde e bem mais pesado do que deveria.

As coisas às vezes estão acontecendo na nossa cara, e nem que elas se esfolem no seu nariz, você será capaz de perceber que elas estão ali. O bicho humano é tão burro e cego que mesmo sentindo o prego na sola do pé, é capaz de jurar que não tem nada ali. E isso serve pra tudo nessa vida. Essa vida, louca vida, vida doida, que alguns acham que é um mistério profundo, pra outros, nada mais é do que um grande enigma, onde as pistas para a solução estão todas no dia-a-dia, e cabe ao detetive decifrá-las. Oras pequeno gafanhoto, nem um nem o outro está certo.
Porque por baixo de toda a nossa teimosia, temos uma camada de inteligência que desenvolvemos. Ao longo da nossa evolução, aprendemos a interpretar os sinais da natureza - que normalmente, não são tão óbvios e mal me lembro de quando e como são tão exatos a ponto de serem estatisticamente corretos. Tal qual a natureza em si, somos bichos ao mesmo tempo previsíveis e imprevisíveis, todo e nenhum, preto, branco e cinza.
Nas faixas, nas camadas, nas entrelinhas dos fatos, dos sinais e do cotidiano, estão as nossas diretrizes de vida, de perspectiva de vivência e experiência. Às vezes está no meio-termo entre coisa e outra - algo sutil. Às vezes está nos extremos, nos limiares (ou, como o dramático DB gosta de dizer, nos limites).
Dias como o que tive hoje mostram e provam que não há como sobreviver apenas de limites (e isso e nisso estão os sinais, as dicas que o detetive aqui vinha perdendo), mas é preciso enxergar o limite, além do limite - e oras vejam, o que está também ANTES desse tal limite.
Pois tem dias que até Dr. House erra, que mesmo o mais sutil e perspicaz dos observadores perde um detalhe, um lance desse longa metragem meio sacal e ao mesmo tempo, fascinante. Não é só o fator surpresa que nos faz humanos, tampouco o fator extremo que nos faz racionais. A mistura disso é que nos torna capazes de viver e conviver, de decidir e hesitar. Tudo afinal, está e não está entre o "sim", o "não" e o "talvez" (se vira com o "talvez" amigão!).

Saravá!

*****

Tudo isso (ou nem tudo isso), dedico aos amigos (blablabla, deixa eu adoçar isso aqui) de verdade, que nos mostram que nem sempre há certo, errado e mais ou menos. À vocês, dedico, agradeço e xingo! Viva!




Um comentário:

Patricia disse...

Eu diria que o "talvez" é a decisão.