Domingo. O dia que precede o Apocalipse da Segunda-Feira.
Domingo. O dia que é aviso prévio do inferno.
Domingo. Programa Silvio Santos, Faustão.
Que dia maldito que é o domingo.
Mantra este que o DB repete toooooodo final de semana. Os leitores do blog poderiam dizer "Reclamão esse blogueiro". Sim, pra caramba. Dizem por aí que eu sou melhor quando mal humorado... vai entender.
O fato é que num domingo qualquer, sem pensar, sem planejar, sem... sem ser domingo, ele foi perfeito.
Tem coisas nessa vida que vêm sem a gente perceber. Elas acontecem bem na frente dos seus olhos. Quando você menos imagina, a vida te prega uma pegadinha do Mallandro. Faz você gritar, rolar no chão, imitar um orangotango de desespero... ou não.
O domingo começou na sexta-feira, quando aluguei 3 filmes, a saber:
- "Banquete de amor", com Morgan Freeman e Greg Kinnear;
- "Na Natureza Selvagem", com Emilie Hirsch (que não assisti ainda);
- "Pequene Miss Sunshine", com o mesmo Greg Kinnear e o cara do virgem de 40 anos.
No sábado, fiquei ouvindo "Don't worry, be happy" e "Three little birds". As letras dessas músicas, basicamente, pedem pra que você não se preocupe. Só seja feliz (sem se preocupar em sê-lo).
Bom, tudo isso pra falar dos dois filmes que consegui assistir. "Banquete de Amor" parecia uma comédia romântica normal, daquelas que você dá risada, desliga o DVD e vai capotar... não é.
Conta várias histórias de forma simultânea. Um ou outro truque de câmera, e dá-lhe reviravolta no roteiro. Acaba sendo mais um drama do que uma comédia romântica.
Um filme que a princípio, parece querer dizer "Abra os olhos! As coisas acontecem no seu nariz, panaca!!". No final, acaba sendo uma história de perdão e recomeço. Se é isso que queriam, não sei. Talvez eu esteja viajando na batatinha... só sei que foi isso que entendi!
O mesmo, ou quase isso, vale para "Pequena Miss Sunshine". Embora muito mais leve, o filme mostra como um velhinho resolve aproveitar o pouco da vida que lhe resta. E deixa isso como legado para uma família em ruínas.
Ambos têm linguagens diferentes. "Pequena Miss Sunshine" realmente merece todo o braulho feito em cima dele. O filme é delicado, absurdamente bem rodado. A música, instrumental, deixa no espectador (pelo menos neste) uma vontade de sair correndo com as personagens.
As "tragédias" que vemos no filme não são gratuitas. Não estão ali para justificar o elenco (soberbo). Elas estão ali para nos contar uma história, como todo filme deveria fazê-lo.
E, para o blogueiro, dado que tudo está acontecendo tão rápido, tão intenso e tão pesado, parece que as coisas conspiraram para que os dois filmes praticamente fossem jogados nas minhas mãos.
E num fim de semana que meu Palmeiras quebrou mais um tabu, num final de semana que estive com minha nêga, o domingo tinha que ser tão perfeito o quanto foi.
Saravá!
segunda-feira, setembro 15, 2008
terça-feira, setembro 09, 2008
FIlmes em atacado
Pois é, eis que na video(?)locadora perto da casa do Distinto Blogueiro tem promoção de segunda à quarta. Semana passada aluguei "Superbad - É hoje!", comédia que a princípio, não passava de cópia do American Pie... ou não.
Superbad é um filme engraçadíssimo. Tô falando sério! Ok, vá lá, as meninas talvez nem achem o filme tããão engraçado assim... mas o é.
Além das piadinhas com pênis, vaginas, blowjobs e coisas do tipo, tem ali uma história que só grandes amigos podem entender.
OK, começando do começo: Evan e Seth são amigos desde a infância. Enquanto o primeiro é um nerdezinho ajeitadinho e certinho, Seth é o gordinho rejeitado e que faz tudo de errado. Estão no último ano do colegial, prontinhos pra ir pra faculdade... ou quase isso. Afinal, são virgens! Rá!
Que original, não?
Sim, é original pra cacete! Porque isso funciona como um grande pretexto para contar uma história muito legal. Do amigo gordinho que não conseguiu passar na faculdade e vê o amigo magrelinho se virando bem com isso. Nesse meio tempo, a desgraça de um adolescente do sexo masculino (ok, o total desespero para 98% dos homens): as mulheres. Bicho esquisito sô...
O desenrolar do filme é muito engraçado, com o "McLovin" falsificando a identidade, obtendo um documento do Hawai (deve ser parecido com aqueles diplomas de medico do Amazonas...), apenas com primeiro nome.
Daí pra frente, é merda pra todo lado: gordinho que vai parar na festa do traficante (com camisa da seleção brasileira. É tráfico de drogas PESADAS, diga-se de passagem), policiais irresponsáveis e beberrões...
No fim, o filme me dá a impressão de falar não só com os adolescentes que estavam na sala do cinema. Ele mostra que um dia, todas as fases passam. Talvez a fase mais dolorosa para quem está se tornando adulto seja o dia em que abrimos mão da segurança dos amigos do colégio. Da segurança que a rotina do futebol, das aulas e colas de matemática, da segurança que só a cabeça avoada pode nos dar.
Já o segundo filme, "Ligeiramente Grávidos", tenha uma mensagem mais distante (para alguns). O roteiro conta a história do gordinho maconheiro-que-nao-come-ninguem, que nunca quis (nem tem) nada na vida. O unico objetivo dele é terminar seu site porno (ou erotico) e fumar seu bagulhinho...
Numa noite de bebedeira, ele encontra a gatinha loirinha, profissional da televisao com carreira em ascencao, saindo com a irmã mais velha para comemorar a promoção.
Resultado de sexo entre dois bebados? Um nenem, obvio!
Numa atitude de coragem, a menina resolve ter o bebe e conta com o tal do gordinho. Mas como que um gordinho irresponsavel pode assumir um negocio desses? Oras... pra que complicar! Ele entra de cabeça na historia e o filme mostra essa "transformacao" do menino em homem. So que na visao de um ex-gordinho-maconheiro-punheteiro hahahaha...
Por fim, fui atrás de quem era o dono da obra. São dois os roteiristas/diretores.
Pelo que li e concordei, eles ainda nao sabem o que serão quando crescer, qual o rumo que seus filmes tomarão. Mas se continuarem criando as personagens do jeito que o fizeram e contando suas histórias com tanta empolgação, qualquer lugar que chegarem estará certo.
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