terça-feira, março 06, 2012

oh shit

Há anos que eu não tenho insônia (maldito último pedaço de pizza, ainda insiste em filosofar comigo). E também há dias que eu penso em dar uma passada por aqui. Acho que ando precisando oxigenar o cérebro. Ou não.

Um ano e meio após o alfa e o ômega, eis que me encontro parado no Elevado Costa e Silva ás 06:15 pensando: "Puta que pariu. São 06:15 e está tudo congestionado! Pra onde vai esse monte de puto sem noção? Fica em casa dormindo, porra!". Claro que verbalizei isso algumas vezes, mas passada a lamúria e tortura da Consolação/Rebouças, já estava curtindo o bom e velho roquenrou no meu rádio sem - vergonha... quando quase passei por cima de um ciclista. Pobre ciclista em sua bicicleta de R$850!!

Acho engraçado essa gente que agora acha que é o máximo andar de bicicleta por aí. Quando era eu a andar de bicicleta, oras... agora que eu, pobre representante da Classe C adquiri um automóvel e pago IPVA, querem me fazer andar de ônibus? E de bicicleta? Às favas com sua bicicleta que não polui! Que não causa congestionamento, desde que você não se desequilibre, óbviamente...

Ironias à parte, fato é que há espaço para quem trabalhou anos a fio para ter o direito de ir trabalhar e estudar confortavelmente. E, por enquanto, é desse cara que os ciclistas dependem para ganhar voz e serem ouvidos. Como também é fato que a boa vontade dos ciclistas paulistanos é um desafogo para você, caro trabalhador que usa seu Celta 2009 para continuar pagando IPVA.

Respeito é bom e salva meia dúzia de vidas por ai. Um dia pode ser a sua.

saravá!

terça-feira, setembro 20, 2011

miss sarajevo

O ano é 2005, acho. Pode ser, a memória já não é a mesma de um ou dois anos atrás. Sinceramente, não importa (hm, o ano na verdade é 2004). Eu já conheci o U2 de outros carnavais, claro, quem não conhecia? Só que foi nesse ano que, cavucando o eMule (sim, eu baixei uma ou outra coisa por ali), achei essa tal de "Miss Sarajevo".

Sinceramente, não me importa o contexto histórico em que a música foi escrita/composta. Não para esse post. Não para dizer que apesar de todas as coisas horríveis que a vida nos apresenta todos o s dias, podemos fazer as coisas diferentes. Pode não ser bonito. Com certeza não será fácil. A única coisa que se pode fazer, sempre, é seguir em frente com o seu dia. Com a sua rotina (ah, minha querida rotina... o que seria da minha vida sem você?). Se tudo o que podemos pedir é esperança, vamos ouvir o que Bono e cia. tem a cantar.

Just go on, babe. Just move on.

Saravá!

PS: mas "running to stand still" é ainda mais fudida. Fica pra outra madrugada.


segunda-feira, abril 25, 2011

Baila me

E essa gente idiota e pequena
que me diz o que pode e
o que não deve!

Que posso e devo,
Que devo e faço,
Que faço e ponto!

E essa gente pequena e apequenada
Que esquece daonde vem,
Que esquece pra onde vai,
Que esquece quem é
e quem foi
e quem queria ser.
(que eu não esqueço pra onde vou, jamais)

Saravá!

quarta-feira, março 09, 2011

Puede

Não há melhor querer
que querer bem
E querer bem
é querer você.

(trava língua, na minha)

Saravá

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Reticências (mas não é música sertaneja)

O ponto virou nó
Nó que não desfez
Que não desfez e entalou

Daí não ficou nada,
Opa, quase nada.
Ficou o vazio da solidão presente,
Da distância curta,
Do passo atrás,
Do nunca mais.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Mine

O que é meu, eu vou buscar.
Você, que é minha, não vai fugir.
Te pego pelos pés, seguro teu caminhar,
Não, tu não fugirás.

Ai, que é meu e não largo,
feito afeto que não cabe,
feito carinho, feito concreto,
que é minha e não deixo.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Que há

O caminhar é leve, leve e sombrio.
Da ânsia de seguir em frente,
o desespero de deixar pra trás.
Nada fica, nada resta - mas é eterno
e se é eterno, se é pra sempre
Porque não é mais?

Se não é, deixa não ser, que pode ser
Que pode voltar,
mas voltar porquê?
Se um instante passa, o seguinte ainda não veio
Se não veio, dá tempo
tempo de voltar, tempo de pedir pra ficar (pra voltar)
Que volta, que não vai, por favor, não vai...

Deixa ir, o caminho faz curvas.
Minhas e suas, nossas curvas (quantas?)
O passado não morre, o presente não vive e o amanhã não nasce.

(que falta de...)

Saravá