segunda-feira, agosto 10, 2009

Sexta-feira que nunca acaba...

Eu queria de alguma forma falar sobre a tragédia humana. Tipo escrever um épico sabe?
Queria dizer coisas ao mundo através de uma historia, daquelas bonitas que no final a gente fica pensando “Oooooooooooh! Que coisa!”
Essa sexta-feira foi pesada. Pesadíssima. Mais do que eu poderia jamais imaginar que seria. Um daqueles dias que você não vê a hora de acabar porque não se agüenta mais. Fisica, mental e espiritualmente esgotado, fudido. Mais parecendo um balão vazio do que você mesmo.
No entanto, por um momento fugaz do dia, o DB teve a oportunidade de olhar pra outro lugar que não o seu umbigo. Aí percebi que cada um, em cada dia, sofre de alguma maneira distinta. Subjetiva. Sei lá qual palavra usar para definir o quão pessoal e interno é o sofrimento de cada um. Ou pior ainda, como definir o que é o sofrimento de cada um. Talvez Freud consiga. Não sei, nunca li nada sobre Freud. Ou caras que nem ele...
O fato é que parei pra pensar na pulsante arte que é viver. Trata-se de um desafio diário: enfrentar o despertador, ônibus cheio, um dia no escritório (ou na sala de aula, ou num canteiro de obras, ou operando o metrô, etc) e depois de tudo isso, de passar o dia com o cérebro a mil, ainda ter de se encarar no espelho. Falam que com o passar do tempo, as pessoas vão ficando melhores, mais serenas... será que essa serenidade não pode ser confundida com cansaço? Com a desesperança dos sonhos que nunca serão realizados? Será que não é esse malfadado dia a dia que nos faz sofrer tanto – e oras, quem diria, que nos faz passar pela tal da tragédia humana?
O DB anda cansadão, de tudo. Mas principalmente de si mesmo. Dtas próprias picuinhas e de sua estúpida pequenez de alma (ou de espírito?).
Dark times comes ahead...

Saravá!

Um comentário:

Patricia disse...

É... a valoração do sofrimento é uma pra cada um, assim como o significado das coisas. É o que eu acho, pelo menos. E com certeza estamos aprisionados no cotidiano... Não de uma maneira ruim, mas é preciso fazer uma baita força pra se libertar dos efeitos colaterais dele...