quarta-feira, novembro 03, 2010

Bem que se quis

Sei lá por onde começar esse post. Tem horas na vida que pensamos estar numa rota bem definida e em velocidade constante. Tudo é tão certo como dois e dois são quatro e a sensação de segurança é tamanha que você se sente no controle de tudo, no controle da tua vida e tudo que a cerca. Tenha certeza, meu amigo: você está errado.
Você pode achar que nada vai afetar esta tua segurança e que mesmo teu passado está sob seu domínio fantástico. Tenha certeza que você está errado mais uma vez.
Você se irrita quando alguém que te quer tanto bem faz questão de mostrar isso à você. Afinal, do topo do mundo, de cima do Everest, de qual cuidado você pode precisar, não é? Qual cafuné ou telefonema farão a diferença, certo? Errado, mais uma vez. Fará diferença. Porque conquistar o Everest é uma façanha para poucos. Para um. Mas ao chegar ao cume, quem vai bater a foto? E quando descer, quem o estará esperando?
Já fiz muita bobagem na vida. E ao começar a ver papais noéis pela cidade, a melancolia do fim do ano começa a bater... e na real, não vejo a hora desse ano acabar. Nunca fiz tanta bobagem quanto consegui fazer em 2010. A curva que fica entre o vale e começo da montanha gelada. O ponto que por pura teimosia, você acha que pode dominar a fúria do gigante de gelo. Não pode e não vai. Você não pode controlar o passado, ou o presente e muito menos o futuro. Não se engane, não cometa o mesmo erro que cometi.

Por fim desta porcaria de post, imagine que por mais prazer que você terá ao enfiar o pé no balde ou chutar o pau da barraca, pense no trabalho que vai dar depois pra arrumar a bagunça...

Saravá.

Titleless

Isso não é hora de postar, eu já devia estar no quinquagésimo sono. Mas como a tarde foi proveitosa no quesito "colchão", o esquema é aproveitar a noite que está só começando.
Tirei férias do mundo nos últimos três dias. Mesmo estando, não estava em lugar nenhum. Abstinência da rotina, é, acho que dá pra chamar assim.
Passear pela sua cidade pode ser uma experiência psicodélica: como posso morar aqui desde que nasci e não conhecer cada canto do lugar? Reparar em lojas que nunca vi na vida, em feiras livres de ricos e pobres... uau! Não é preciso ir até NY para sentar debaixo de uma árvore e ficar olhando as belas mulheres (todas têm sua beleza meu amigo... todas!) que ora estão malhando, rindo ou simplesmente contemplando o entardecer num dos parques paulistanos.
Não é preciso estar na Disney para soltar um sorriso ao passar por uma família (um tio com a camisa da seleção canarinho e seus trocentos sobrinhos, cada qual com a camisa do seu time de coração), que foi ao parque chutar bola (e de longe, ouvi que a partida estava 2x0).
Sonhamos com um mundo que poderia ser nosso, esquecendo-nos que já temos um. Viva teu mundo! Se você puder compartilhar com os outros, bom. Se não, que se lasque, sorria do mesmo jeito e siga em frente...

Saravá!